Projeto-piloto: Cabo Frio e Macuco são escolhidas para usar armadilhas de monitoramento do Aedes aegypti
Secretaria de Estado de Saúde coordena implantação de nova ferramenta contra a dengue em dez cidades
23/03/23 - 09:26

As cidades de Cabo Frio, na Região dos Lagos, e Macuco, na Região Serrana, ambas pertencentes à área de cobertura do Portal Multiplix, foram selecionadas ao lado de outros oito municípios do Estado do Rio de Janeiro para participar de um projeto-piloto que vai aprimorar o monitoramento da infestação pelo mosquito Aedes aegypti no ambiente.
O treinamento para a implantação dessa nova ferramenta foi coordenado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) e reuniu profissionais das equipes municipais de vigilância epidemiológica e ambiental de 68 municípios, diante do cenário de aumento de casos de dengue no estado.
De acordo com a secretaria, o projeto é voltado para as chamadas 'ovitrampas', que são armadilhas que atraem fêmeas do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, tornando mais sensível o monitoramento do ambiente.
Encontro reuniu profissionais das equipes municipais de vigilância epidemiológica | Foto: Divulgação/SES-RJ
No encontro, que aconteceu na última semana, a equipe da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde esclareceu as dúvidas sobre a implantação das ovitrampas e os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde e pela SES-RJ para o início do projeto.
Ainda de acordo com a SES-RJ, neste primeiro momento, os municípios selecionados foram os seguintes: Cabo Frio, Macuco, Vassouras, Volta Redonda, Itaboraí, Nova Iguaçu, Itaguaí, Campos dos Goytacazes, Itaperuna e Saquarema.
O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da SES-RJ, Mário Sérgio Ribeiro, explicou como será o processo de instalação das armadilhas e o monitoramento:
O monitoramento do mosquito com ovitrampas é uma metodologia extremamente sensível. Ela simula o ambiente perfeito para a procriação do Aedes aegypti. Essa metodologia tem característica de atração e funciona da seguinte forma: um vaso preto é preenchido com água e levedura de cerveja, que fica parada, atraindo as fêmeas dos mosquitos para a postura de ovos.
O superintendente explica ainda que, neste vaso, é inserida uma palheta de madeira para facilitar que a fêmea do Aedes coloque os ovos. Ela desova dentro da armadilha e os agentes de saúde realizam a coleta periódica desse recipiente.
A implementação da vigilância por meio das armadilhas foi apresentada pelo pesquisador do Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), José Bento Pereira Lima.
A responsável pela Gerência de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses da SES-RJ, Cristina Giordano, abordou o cenário epidemiológico das arboviroses urbanas no estado do Rio.
Os agentes que compõem as equipes municipais de vigilância também assistiram a uma palestra sobre o “Fortalecimento da Entomologia para a Vigilância do Aedes”, ministrada pela consultora técnica da Coordenação Geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Poliana Lemos.
A Secretaria de Estado de Saúde ainda não divulgou uma data de quando o projeto será iniciado.
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