Paralisação na UPA de Friburgo: atendimentos seguem parcialmente suspensos

Já faz cinco dias que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Conselheiro Paulino, em Nova Friburgo, na Região Serrana, está com os atendimentos parcialmente paralisados.

Apenas os casos de urgência e emergência estão sendo atendidos no local.

Os casos de baixa gravidade são encaminhados para o Hospital Municipal Raul Sertã, no Centro. A situação tem provocado filas e sobrecarga nos atendimentos do hospital.

Os profissionais alegam atraso no pagamento dos salários e afirmam que irão manter a paralisação até receberem os devidos vencimentos.

A suspensão dos atendimentos na UPA teve início na última quarta, dia 9.

Em busca de solução

Nesta segunda-feira, dia 14, a prefeitura informou que agendou para esta mesma data uma reunião com o Ministério Público do Trabalho (MPT) a fim de encontrar uma solução para a situação, de forma que não prejudique mais os profissionais e também a população, que está em busca de atendimento.

Veja a nota na íntegra:

Uma reunião foi realizada na manhã desta segunda-feira, 14, entre representantes da Prefeitura de Nova Friburgo, da OS Viva Rio e do Ministério Público do Trabalho visando encontrar uma solução para o fim da situação em que se encontra a UPA de Conselheiro Paulino. No encontro, ficou definido que Município e OS encaminharão documentos para a análise do procurador do Trabalho.

Foi constatado ainda, na reunião, que o município está em dia com seus repasses junto à Organização Social.

A reportagem também entrou em contato com a Organização Social Viva Rio, que confirmou a reunião, que teria ocorrido dentro do programado, com a participação de representantes do município, do Viva Rio e do MPT.

Disse ainda que as partes buscam, em comum acordo, solucionar as divergências sobre valores repassados, para que seja possível quitar as pendências junto aos profissionais que atuam na UPA e que receberam parte dos salários.

E acrescentou que o atendimento segue de maneira regular e que expectativa é normalização até a próxima sexta-feira, dia 18.

Profissionais da UPA alegam atraso no pagamento dos salários | Foto: Reprodução/Portal Multiplix

Relembre o caso

No primeiro dia de paralisação, a prefeitura informou, por meio de nota, que os repasses para a Organização Viva Rio – organização social responsável pela gestão da unidade e pagamento dos funcionários - foram realizados dentro dos prazos, seguindo o que é preconizado no contrato entre as partes.

E ressaltou, na ocasião, que caberia à OS a organização e a execução do pagamento aos servidores.

A O.S., por sua vez, diz que reconhece que o município realizou os repasses, mas que informou à gestão municipal sobre a dificuldade interna em relação às ‘glosas’ (faturamentos) do contrato, que são pertinentes e comuns nesse tipo de contratação de empresas para prestação de serviço.

Segundo a prefeitura, isso acontece quando há divergências e o serviço executado naquele mês fica aquém do valor informado pela prestadora de serviço. Neste caso, só pode ser pago aquilo que foi efetivamente executado e comprovado por meio de atestados, não o valor integral.

Na ocasião, a Secretaria de Saúde se comprometeu a analisar de forma célere os documentos para que haja uma definição oficial do problema o quanto antes.

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