O que dizem as fabricantes das vacinas sobre a eficácia contra a ômicron
Ao Portal Multiplix, empresas revelam qual a atual situação das pesquisas sobre a nova cepa
06/12/21 - 12:52
O surgimento da variante ômicron do novo coronavírus provocou receios de uma nova onda da pandemia e questionamentos sobre a eficácia das vacinas contra a nova cepa. Até o momento, as informações são preliminares.
O Portal Multiplix procurou as fabricantes dos imunizantes utilizados no Brasil: AstraZeneca (Fiocruz), Coronavac (Butantan), Pfizer e Janssen (Johnson & Johnson). Apenas a Fiocruz não respondeu. Todos os outras estão com estudos em andamento.
Confira abaixo as respostas:
Pfizer
A Pfizer informou que, em conjunto com a Biontech, já começou as pesquisas do impacto da variante ômicron na eficácia da vacina atualmente distribuída e espera ter resultados ainda no mês de dezembro.
“Com isso, avaliaremos se será preciso desenvolver uma nova versão do imunizante. A tecnologia de mRNA tem como uma de suas vantagens, a possibilidade do desenvolvimento rápido da vacina, sendo necessário apenas identificar o sequenciamento da nova variante”, afirmou a fabricante americana.
A empresa disse que caso seja necessário desenvolver um novo imunizante, estima que o prazo de desenvolvimento seria de seis semanas (um mês e meio) e de 100 dias para a produção.
A empresa lembrou ainda que o Brasil assinou, no último dia 29 de novembro, o terceiro contrato com a Pfizer, que prevê o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 para o ano de 2022.
Janssen
A Johnson & Jhonson, empresa responsável por fabricar o imunizante Janssen, revelou que está conduzindo estudos para avaliar a eficácia da atual versão da vacina contra a nova variante.
Enquanto isso, a empresa informou que está buscando desenvolver um versão específica do imunizante contra a ômicron.
Butantan
Por sua vez, a assessoria do Instituto Butantan, que fabrica a vacina Coronavac, destacou que o órgão está desenvolvendo estudos e vai agilizar a conclusão dos mesmos para ajudar a combater a variante ômicron.
Fiocruz
Procurada pela reportagem, a Fiocruz, desenvolvedora da vacina AstraZeneca no Brasil, não respondeu os questionamentos.
Anvisa
Em nota publicada nesta semana, a Anvisa informou que está trabalhando ativamente com os reguladores internacionais e desenvolvedores dos imunizantes para possibilitar uma atuação rápida diante de potenciais impactos da nova variante nas vacinas contra Covid-19 usadas no Brasil.
“É importante ressaltar que, até o momento, não se conhece esses impactos. As empresas desenvolvedoras farão testes de desempenho das vacinas contra a nova variante ômicron. A expectativa é que, nas próximas semanas, estejam disponíveis os dados das avaliações iniciais”, afirmou a agência.
A Anvisa destacou que solicitou às desenvolvedoras de vacinas autorizadas no Brasil informações sobre os estudos em andamento e que exige, para as vacinas autorizadas no país, que os desenvolvedores monitorem e avaliem o impacto das variantes na eficácia e na efetividade dos imunizantes.
“O momento é de cautela. A melhor coisa que a população pode fazer é ser vacinada ou receber o reforço do imunizante e manter as medidas de prevenção, como o uso de máscara, a higienização das mãos e o distanciamento social. A Anvisa está monitorando a situação e fará comunicados à população à medida que as informações forem apresentadas e avaliadas”, concluiu a agência.
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