Caso de gripe aviária em ave silvestre é confirmado no litoral do Rio; órgãos emitem nota técnica

As secretarias de Estado de Saúde e de Agricultura do Rio de Janeiro confirmaram um caso de ave silvestre com o vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) no litoral do Rio.

A ave é da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando) e vinha sendo monitorada desde a sexta-feira, dia19, quando foi encontrada em São João da Barra, na Região Norte-Fluminense do estado.

Após a confirmação de casos no estado do Espírito Santo, pelo Ministério da Agricultura, as autoridades estaduais emitiram uma nota técnica aos 92 municípios fluminenses para orientar sobre o manejo adequado de aves silvestres.

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), não há confirmações do vírus H5N1 em humanos, mas as secretarias vão seguir monitorando.

O caso de São João da Barra está sendo acompanhado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) de Campos, com apoio técnico do Cievs da SES-RJ.

É importante lembrar que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves, nem ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária podem se dar por meio do contato direto com aves infectadas.

A SES-RJ orienta que, nas unidades de saúde, os profissionais fiquem atentos aos casos de síndrome gripal em pacientes que tiveram contato com esses animais, tanto em triagem quanto em atendimento médico.

Nesses casos, a coleta de amostras é recomendada independentemente do dia de início dos sintomas, incluindo os casos em unidade de terapia intensiva (UTI).

Nota técnica no RJ

No documento, as pastas alertam que a transmissão da gripe aviária ocorre por meio de contato direto com aves infectadas pelo vírus (vivas ou mortas); ou contato indireto por meio de objetos como sapatos, que acabam retendo e transportando organismos contaminados.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a transmissão direta (de pessoa para pessoa) não é confirmada. O diagnóstico por RT-PCR é considerado o método padrão-ouro e deve sempre ser preconizado para obtenção dos resultados laboratoriais.

Situação no país

No Brasil, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) relatou a primeira detecção de influenza aviária no país na semana passada.

São duas aves trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus), uma no município de Marataízes e outra no município de Vitória, ambas no litoral do Estado do Espírito Santo.

O Ministério da Saúde informou no fim de semana que, apesar de 33 pessoas no Espírito Santo terem tido contato com a ave infectada, nenhuma testou positivo para H5N1.

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