Friburgo: grupo trabalha pela criação de um plano municipal de gestão de resíduos
Confira mais detalhes sobre o projeto ambiental que pode ter desdobramentos na eleição de 2020
12/12/19 - 09:00
Uma ideia que surgiu do 1º Encontro de Inovação na Gestão dos Resíduos Sólidos da Serra Fluminense, que ocorreu no fim de novembro, na Câmara de Vereadores de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, se transformou em carta aberta, para fomentar um grupo de trabalho e tratar da criação do Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos.
De acordo com a organização, foi uma oportunidade para aprendizado, trocas de experiências, mesas redondas, debates e apresentação de relatos sobre as inovações na gestão dos resíduos sólidos em outros estados brasileiros.
Como produto final, uma carta aberta foi elaborada reivindicando pontos essenciais no que se refere ao tema, com tópicos como:
- Elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS;
- Formação de um Grupo de Trabalho (GT) para as ações apresentadas;
- Promoção de Ações de Educação e Cultura Socioambiental;
- Gestão dos Resíduos Sólidos de Nova Friburgo.
O documento pede assinaturas da população e deve ficar online, segundo os organizadores, até meados de fevereiro, por meio deste link.
Um dos participantes do encontro, o gestor ambiental Ramon Porto, comenta sobre os próximos passos que o grupo de organização deve seguir.
“Pretendemos criar um grupo de trabalho até fevereiro. Esse grupo vai contar com os organizadores do evento e iremos convocar os participantes e instituições que possam atuar diretamente nos temas propostos”, revela.
Ramon Porto comenta que a ideia é ajudar a prefeitura a criar o plano e conseguir captar recursos estaduais e federais.
“Queremos sentar com os possíveis candidatos das eleições municipais de 2020 e conseguir que eles se comprometam com essa causa”, finaliza.
Sobre os resíduos sólidos
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) os define como “todo material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade”.
Os resíduos podem ser divididos quanto à origem: resíduos domiciliares, resíduos de limpeza urbana e resíduos sólidos urbanos; e quanto à periculosidade: perigosos e não perigosos.
O descarte desses materiais não significa que ele não tem mais valor, mas sim que não é mais necessário para quem o descartou. Mas, existem grandes chances desse resíduo ainda ser útil para outras pessoas, em sua forma original ou transformado.
Resíduos são diferentes de rejeitos. Estes últimos não têm possibilidade economicamente viável de tratamento e recuperação. Por isso, devem receber uma disposição final ambientalmente adequada.