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Sem treinos e formação de jogadores comprometida! Veja como está a base do Friburguense

Diretor de futebol, José Eduardo Siqueira, explica atual momento das jovens promessas do Tricolor da Serra em meio à pandemia do novo coronavírus

Por Matheus Oliveira
23/07/20 - 13:46
Sem treinos e formação de jogadores comprometida! Veja como está a base do Friburguense Base do Friburguense segue sem previsão de retorno aos treinos e aos jogos neste ano | Foto: Acervo/João Luccas Oliveira

O atual momento das divisões de base do Friburguense não está nada fácil. Sem perspectiva de retorno às competições em razão da pandemia do novo coronavírus, os meninos do Frizão seguem parados e esperam compensar a perda no desenvolvimento como atletas.

No sub-20, o Tricolor da Serra estreou no Estadual com derrota por 4 a 2 para o Flamengo, antes da paralisação. Já os torneios sub-15 e sub-17 nem chegaram a ser iniciados.

O diretor de futebol do Friburguense, José Eduardo Siqueira, afirma que o time sub-20 pode retornar e que as atividades foram paralisadas com o intuito de cumprir a determinação de isolamento social feito pelas autoridades de saúde.

“Os preparadores físicos ainda mantiveram algum trabalho pouco depois da paralisação, mas depois que a gente percebeu a dificuldade de volta e que ela não seria tão rápida, paralisamos todo o trabalho. É difícil fazer um acompanhamento sem uma data para voltar. Infelizmente é um momento em que a necessidade de não treinar é clara. A gente tem que seguir o que mandam os órgãos responsáveis e o que diz a lei. A gente hoje não tem autonomia, nem autoridade para retomar os treinamentos”, destaca.

Sobre a retomada das atividades, o dirigente do Tricolor da Serra aponta que na próxima sexta-feira, dia 24 de julho, vai ocorrer uma reunião com os jogadores em que se terá uma noção sobre o retorno da competição, a quantidade de clubes e a responsabilidade de mandar atletas para uma competição em meio à pandemia.

“Com a pandemia, a obrigação de participar do Estadual terminou e até mesmo aqueles que iniciaram o torneio sub-20, caso desistam, eles vão ter essa oportunidade. É uma responsabilidade muito grande, porque um exemplo que eu uso, é que não se pode mandar um garoto, um filho, para o colégio. Isso cabe a cada pai querer mandar ou não, mas o diretor da escola não pode garantir se vai ocorrer ou não o contágio”, destaca.

Siqueirinha ressalta ainda que o protocolo Jogo Seguro, adotado pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) no profissional, deve ser mantido no sub-20. O diretor, entretanto, vê dificuldades, especialmente financeiras, para adotar este modelo na categoria de base.

“Eu não vejo uma forma de cumprir com o protocolo sem que todos os atletas e comissão técnica sejam testados. Isso não é ser testado na hora que chega, mas assim, pelo menos a cada quatorze dias, isso em uma categoria de base, inviabiliza muito. Não estou dizendo que o protocolo não esteja certo, mas cada testagem dessa eu posso te garantir que custa entre dez e doze mil reais. Todo o protocolo tem que ser montado ainda. Então, a gente vai analisar isso para falar em retorno de treinos. E se a gente vai estar nessas competições”, projeta.

O diretor do Frizão revela que com a pandemia e as dificuldades financeiras impostas, as propostas pelos garotos não chegaram e eles seguem no clube. Mas revelou as dificuldades em se manter um atleta atualmente.

“Para manter atleta hoje, a única forma é quando você faz contratos profissionais. A Lei Pelé sofreu 70% de modificação em seu texto original e facilitou ainda mais a saída dos atletas para as mãos dos empresários. Atualmente, você hoje só pode fazer um contrato profissional quando o menino completa 16 anos”, explica.

Por fim, Siqueira destaca que os atletas da base, ainda em desenvolvimento, perdem muito além do que o ritmo de jogo com a paralisação e a falta de jogos no calendário.

“É como uma escola. Os meninos do sub-11 e sub-13 é como se eles estivessem na primeira série para chegar à faculdade. Então, existe uma série de ensinamentos que vão te dar uma condição lá na frente de ser um profissional melhor. O futebol não é diferente. Se você usar bem os seus microciclos e os seus conteúdos com a tua comissão inteirada de um jeito que faça eles acompanharem a sua metodologia, eles aprendem muito. Quando o atleta fica parado, ele perde esses ensinamentos. Neste ano, os garotos nascidos no ano de 2000 e estão no sub-20, estão no último ano de juniores. Então, o garoto que ainda não se firmou e precisa ali daquele ano bom para demonstrar sua capacidade de se tornar um profissional, esse é o grande prejudicado”, declara.

Ele explica que agora é o momento de trabalhar isso e ajudar na formação desses talentos.

“Outro ponto que a paralisação pode atrapalhar é na formação como homem que o futebol oferece. Isso impacta demais nos valores deles damos qualidade de vida e conceitos como disciplina e respeito. Outros têm formação familiar boa, mas alguns nem isso. Então, eles também ficam sem esse lado de formação do cidadão”, conclui.


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