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Justiça deve ouvir réu e testemunhas de duplo feminicídio em audiência nesta quarta em Friburgo

Rodrigo Marotti, ex de uma das vítimas, confessou o crime que chocou a cidade há quase um ano

Por Matheus Oliveira
02/09/20 - 08:46
Justiça deve ouvir réu e testemunhas de duplo feminicídio em audiência nesta quarta em Friburgo Crime aconteceu em outubro do ano passado | Fotos: Reprodução/Redes Sociais

Será realizada nesta quarta-feira, dia 2 de setembro, às 14h, no Fórum da cidade de Nova Friburgo, a primeira audiência de instrução e julgamento do crime de feminicídio que chocou moradores da cidade.

O crime aconteceu no dia 2 de outubro do ano passado quando o réu Rodrigo Alves Marotti, que confessou o crime, disse que ateou fogo na residência com as duas mulheres, Alessandra Vaz dos Santos, de 47 anos, ex-namorada dele, e Daniela Mousinho da Silveira, também com 47, e amiga de Alessandra, no Condomínio Parque dos Alpes, na RJ-142, conhecida como estrada Serramar.

As duas tiveram quase todo o corpo queimado e morreram dias depois.

O homem foi preso no mesmo dia pela Polícia Civil e responde pelo crime de feminicídio (artigo 121 do Código Penal).

De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), nesta quarta-feira ainda não será realizado o julgamento do réu. A audiência será realizada como um ato processual para escutar testemunhas, as partes do processo e colher depoimentos e provas.

Ainda não há uma data marcada para a audiência do júri, segundo a Justiça.

A reportagem questionou o tribunal para saber quantas pessoas serão ouvidas nesta audiência, mas o órgão informou que como o caso corre em segredo de Justiça, não seria possível dar outros detalhes sobre o caso.

O Portal Multiplix também conversou com a irmã de Alessandra, Andresa Vaz. Ela relatou que espera que a justiça seja feita.

“O que nós da família da Alessandra esperamos em relação a esse julgamento é que a justiça seja feita na sua forma mais dura possível. Eu penso que no caso desse feminicídio duplo, ele merecia uma prisão perpétua ou uma pena de morte. Mas a gente sabe que no nosso país as leis são muito fracas. Então, a gente espera que dentro da Lei do Feminicídio, a justiça seja feita e cumprida. Não só pela justiça, pela morte da minha irmã e da Daniela Mousinho, mas para que esse crime sirva de exemplo, para que outros homens não façam o mesmo, que foi feito com a minha irmã, pois a minha irmã morreu com crueldade muito grande”, afirma.

O caso fez com que mulheres friburguenses e parentes das vítimas mobilizassem um protesto para ser realizado no início da tarde na frente do Fórum de Nova Friburgo.

“O protesto em si é pra demonstrar o quanto elas eram amadas, o quanto elas eram queridas por todos nós e também que seja feita uma pressão mediante a Justiça, pra que ela seja feita. Eu acredito que quando a gente demonstra que está insatisfeito com essa situação é mais fácil do juiz dar uma pena um pouco maior. Então, esse protesto é para a gente demonstrar ao juiz, a comoção da população em relação às mortes de duas pessoas extremamente queridas que foram assassinadas cruelmente” completa Andresa.

O crime

Rodrigo Alves Marotti confessou que ateou fogo na residência da ex-companheira, ela estava com uma amiga, no dia 7 de outubro, no Condomínio Parque dos Alpes, na RJ-142.

Segundo a Polícia Civil, o autor do crime disse, em depoimento, que tinha uma sociedade com sua ex, Alessandra Vaz dos Santos, de 47 anos, e que após o fim do namoro, a vítima não estaria cumprindo sua parte no acordo e que, por isso, perdeu a cabeça.

Na época, o comandante do 6º GBM, coronel Thiago Alecrim informou que a corporação foi acionada por volta das 22h30.

Três viaturas foram destacadas para o local. A Polícia Militar realizou buscas no imóvel e a Defesa Civil também foi acionada, pois existia risco de dano estrutural. O fogo foi controlado durante a noite.

A Polícia Militar informou que o homem teria trancado as vítimas em um cômodo antes de incendiar a casa. A PM destacou ainda que ele fugiu em um carro após ter cometido o crime e foi capturado em Lumiar.

Na época, de acordo com o chefe da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Nova Friburgo, Leopoldo Goulart, Rodrigo se mostrou tranquilo e respondia apenas o que lhe perguntavam. Ele foi encaminhado para o presídio de Benfica, no Rio de Janeiro.

Mortes

No dia 9 de outubro, Daniela Mousinho da Silveira, amiga da ex-namorada do autor do crime veio a óbito. Dois dias depois, a artista plástica Alessandra Vaz morreu em um hospital particular de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio.

Daniela e Alessandra tiveram 90% e 80% dos corpos queimados, respectivamente, segundo informações do 6º GBM.

No dia 31 de outubro, o juiz Marcelo Alberto Chaves Villas, em exercício na 1ª vara criminal de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, ratificou a prisão preventiva de Rodrigo Alves Marotti.

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