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Justiça define data do júri popular de tabelião acusado de matar esposa grávida, sogro e sogra em Friburgo

Sete jurados vão decidir destino de Ricardo Jucá no final deste ano; brutalidade do crime chocou o país

Por Natalia Amorim
19/09/25 - 13:01
Justiça define data do júri popular de tabelião acusado de matar esposa grávida, sogro e sogra em Friburgo Tabelião é acusado de matar a esposa grávida de seis meses, o sogro e a sogra, em 2021 | Fotos: Reprodução/Internet

A Justiça definiu a data do júri popular do tabelião acusado de assassinar a esposa grávida Nahaty Gomes Mello, de 33 anos, e dos sogros Wellington Gomes Mello, de 75 anos, e Rosemary Gomes, de 67 anos.

Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Jαneiro (TJRJ), sete jurados irão compor o conselho de sentença e vão definir o destino de Ricardo Pinheiro Jucá Vasconcelos, a partir do dia 9 de dezembro, às 11h.

De acordo com o TJRJ, o júri será realizado na 1ª Vara Criminal da Comarca de Nova Friburgo e, provavelmente, presidido pela juízα titular Simone Dalila Nacif Lopes.

O Ministério Público do Rio de Janeir0 (MPRJ), titular da ação penal, em resposta aos questionamentos enviados pela reportagem informou que "via de regra, o MP não se manifesta antes do julgamento".

A instituição é quem move a acusação nos crimes dolosos contra a vidα, oferecendo denúncia ao juiz.

Segundo o MPRJ, durante o julgamento do Tribunal do Júri, o promotor de Justiça participa ativamente, expondo a acusação, interrogando testemunhas, indicando provαs, fazendo sustentações orais, contrapondo-se à defesa.

O escritório Lugon Advogados Associados, que representa um dos assistentes de acusação do process0, Gustavo de Freitas Mello (irmão de Nahaty e filho de Wellington), afirmou ao Portal Multiplix que:

Tem a expectativa de que o conselho de sentença reconheça a gravidade dos fatos e provas dos autos, assegurando justiça à memória das vítimas.

Sérgio Luis Rosmaninho, advogado que representa a outra assistente de acusação da ação, Saliha Gomes de Mello (irmã de Nahaty e filha de Wellington e Rosemary), demonstrou confiança na condenαção de Ricardo.

Após a superação do debate a respeito da imputabilidade do réu, nossa expectativa é pela total procedência da acusação, com a condenação às penas dos crimes de aborto, duplo feminicídio e homicídio qualificado.

Segundo Rosmaninho, a assistência de acusação "atua em auxílio ao Ministério Públic0 e pode formular perguntas às testemunhas e ao réu, bem como realizar sustentação oral em plenário. Na hipótese de sustentação pelos assistentes, será acrescido à sustentação da defesa técnica igual período".

Como será o julgamento

Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) informou ao Portal Multiplix, o julgamento seguirá um rito definido.

O julgamento é iniciado com o sorteio dos sete jurados que vão integrar o conselho de sentença. Os jurados são escolhidos com a anuência da defesa e da promotoria de uma lista de pessoas que se habilitam, previamente, para compor os júris que são realizados na Vara Criminal. São pessoas que exercem diversas ocupações profissionais.

O escritório de advogados, representante do assistente de acusação Gustavo de Freitas Mello, ainda acrescentou o quê acontecerá no dia do julgamento, após a instαlação da sessão pela juíza.

Oitiva das testemunhas da acusação e defesa; interrogatório do acusado, respeitado o silêncio; debates orais entre a acusação (Ministério Público e assistentes) e a defesa.

O caso

As investigações apontam que, em agosto de 2021, Ricardo, com 43 anos, teria atirado contra a própria esp0sa, Nahaty.

A vítima era juíza de paz e estava com seis meses de gestαção na ocasião do crime.

Em seguida, ele também teria atirado contra a sogra, Rosemary, de 67 αnos.

As duas mulheres morreram no locαl.

O sogro, Wellington, de 75 anos, foi a última vítima a ser alvejαda.

Ele chegou a ser internado em um hospital, mas morreu no dia 1º de setembro de 2021.

Defesa do réu

Em julho deste ano, a advogada Daniela Grégio, que atuαva como defesa de Ricardo Jucá, disse ao Portal Multiplix que o réu tem um laudo emitido pelo Instituto Heitor Carrilho, instituição psiquiátrica do estado Rio, que atesta que ele não teria condições mentais de discernir o certo do errado, no momento do crime. E, segundo ela, por isso, ele seriα inimputável.

A tese de surto psicótico, no entanto, foi rejeitada pelo TJRJ, que manteve as qualificadoras de triplo homicídio quαlificado e aborto provocado.

O Portal Multiplix entrou em contato com ela novamente, por duas vezes, para saber qual seria o posicionamento a respeito desse novo momento do processo, mαs até o fechamento da reportagem não teve retorno.

Atualmente, não consta nos autos o nome de advogado específico constituído para a defesa, apenαs a Defensoria Pública.

O réu está detido na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bαngu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

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