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Júri popular de tabelião acusado de matar esposa grávida e sogros em Friburgo começa nesta terça

Sete jurados vão definir destino de Ricardo Jucá; caso aconteceu em 2021 e chocou o país pela extrema violência

Por Natalia Amorim
09/12/25 - 09:45 Atualizada em 09/12/25 - 12:50
Júri popular de tabelião acusado de matar esposa grávida e sogros em Friburgo começa nesta terça Ricardo Jucá responde pelos crimes de homicídio da esposa grávida, da sogra e do sogro, ocorridos em agosto de 2021 | Fotos: Reprodução/Redes Sociais

O júri popular de Ricardo Pinheiro Jucá Vasconcelos, acusado de matar a esposa grávida, Nahaty Gomes Mello, de 33 anos, e os sogros, Wellington Gomes Mello, de 75, e Rosemary Gomes, de 67, começa na manhã desta terça-feira, 9, na 1ª Vara Criminal de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio.

O julgamento tem início previsto para as 11h, com o sorteio dos sete jurados que vão compor o conselho de sentença.

Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), a sessão será presidida pela juíza titular Simone Dalila Nacif Lopes.

Por volta das 10h, Ricardo Jucá chegou ao Fórum de Nova Friburgo em carro da Polícia Militar.

Carros da Polícia Militar chegando ao fórum na manhã desta terça-feira, 9Carros da Polícia Militar chegando ao fórum na manhã desta terça-feira, 9 | Foto: Reprodução/Portal Multiplix

O réu responde por três homicídios qualificados e aborto provocado, já que Nahaty estava grávida de seis meses quando foi morta.

A brutalidade do crime, ocorrido em agosto de 2021, teve grande repercussão nacional.

O Tecle Mulher, organização social que oferece suporte a mulheres vítimas de violência na cidade, colocou um cartaz em frente ao fórum pedindo o fim da violência contra a mulher.

Mensagem de cartaz pede o fim da violência contra a mulherMensagem de cartaz pede o fim da violência contra a mulher | Foto: Jean Teixeira

Carol Meyer, diretora da instituição, está no local para acompanhar o julgamento e falou com a reportagem sobre o que espera:

Eu acho que não só a expectativa do Tecle Mulher, mas também de todas as mulheres de Nova Friburgo e do Brasil, é que esse julgamento seja feito na medida certa, para que a gente tenha uma condenação exemplar.

Atuação da acusação

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), titular da ação penal, informou ao Portal Multiplix que não se manifesta previamente sobre casos ainda não julgados.

Porém, reforça que, em plenário, o promotor atuará interrogando testemunhas, expondo a acusação, indicando provas e realizando sustentação oral, contrapondo-se à defesa.

Além disso, as assistências de acusação atuam em cooperação com o MPRJ e durante a audiência também poderão formular perguntas às testemunhas e ao réu, além de fazer sustentações orais.

Como funciona o julgamento

Conforme o TJRJ, o júri seguirá o rito padrão:

  • Sorteio e formação do conselho de sentença

  • Oitiva das testemunhas da acusação e da defesa

  • Interrogatório do réu (com direito ao silêncio)

  • Debates orais entre acusação e defesa

  • Caso haja sustentação oral dos assistentes de acusação, o tempo de fala da defesa técnica será ampliado na mesma proporção, como prevê a legislação.

O crime

As investigações apontam que, em 13 de agosto de 2021, Ricardo, então com 43 anos, teria atirado contra a própria esposa, Nahaty, juíza de paz, que estava grávida de seis meses.

Em seguida, ele também teria atirado contra a sogra, Rosemary. As duas morreram no local.

O sogro, Wellington, foi o último a ser atingido. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital em 1º de setembro daquele ano.

Tese da defesa

A advogada anterior do réu, Daniela Grégio, afirmava que Jucá sofrera um surto psicótico e, portanto, seria considerado inimputável.

A tese se baseava em um laudo do Instituto Heitor Carrilho, que apontaria incapacidade de discernimento no momento do crime.

O TJRJ, entretanto, rejeitou a argumentação, manteve as qualificadoras e confirmou o júri popular.

Procurada novamente pela reportagem, na ocasião, a advogada não retornou.

Ricardo Jucá está preso na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8), no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio.

Matéria em atualização.

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