Ministério da Saúde apresenta novo cronograma de entrega das vacinas contra a Covid-19
Ministro Eduardo Pazuello afirma que o Brasil terá doses suficientes para a população até o fim do ano
22/02/21 - 15:39
Em uma reunião virtual com os governadores, o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, apresentou o novo cronograma de entregas das vacinas contra a Covid-19 no Brasil. Além disso, também foi anunciado a quantidade de imunizantes e os contratos para compra de mais vacinas.
De acordo com o Ministério da Saúde, entre o final de fevereiro até julho, vão ser distribuídas aos estados mais de 230,7 milhões de doses de vacinas, garantindo a continuidade da vacinação da população brasileira de forma igualitária e gratuita.
“Totalizaremos até 31 de julho quase 231 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, ou seja, o suficiente para dar tranquilidade de proteção à população contra essa doença", afirmou o ministro.
Ainda em fevereiro, vão ser entregues 2 milhões de doses da AstraZeneca/Fiocruz, importadas da Índia, e 9,3 milhões da Sinovac/Butantan, produzidas no Brasil.
Já em março, a pasta também aguarda a chegada de 18 milhões de doses da vacina do Butantan e mais 16,9 milhões da vacina da AstraZeneca.
Confira o cronograma de entregas e quantidades previstas em contratos:
Fundação Oswaldo Cruz (vacina AstraZeneca/Oxford)
- Janeiro: 2 milhões (entregues)
- Fevereiro: 2 milhões (importadas da Índia)
- Março: 4 milhões (importadas da Índia) + 12.900.000 (produção nacional com IFA importado)
- Abril: 4 milhões (importadas da Índia) + 27,3 milhões (produção nacional com IFA importado)
- Maio: 28,6 milhões (produção nacional com IFA importado)
- Junho: 28,6 milhões (produção nacional com IFA importado)
- Julho: 3 milhões (produção nacional com IFA importado)
- Total primeiro semestre: 112,4 milhões de doses
Segundo o Ministério da Saúde, a partir do segundo semestre, com a incorporação da tecnologia da produção da matéria-prima (IFA), a Fiocruz dever entregar mais 110 milhões de doses, com produção 100% nacional.
Fundação Butantan (vacina Coronavac/Sinovac)
- Janeiro: 8,7 milhões (entregues)
- Fevereiro: 9,3 milhões
- Março: 18,1 milhões
- Abril: 15,9 milhões
- Maio: 6 milhões
- Junho: 6 milhões
- Julho: 13,5 milhões
- Total: 77,6 milhões de doses
Até setembro, vão ser entregues mais de 22,3 milhões de doses da Coronavac, totalizando os 100 milhões contratados pelo Ministério da Saúde.
Covax Facility (consórcio mundial de vacinas)
- Março: 2,6 milhões (vacina importada da AstraZeneca/Oxford)
- Até junho: 8 milhões (vacina importada da AstraZeneca/Oxford)
- Total: 10,6 milhões de doses
União Química (vacina Sputnik V/Instituto Gamaleya/RUS) - (aguardando finalização do contrato)
- Março: 400 mil (importadas da Rússia)
- Abril: 2 milhões (importadas da Rússia)
- Maio: 7,6 milhões (importadas da Rússia)
- Total: 10 milhões de doses
Com a incorporação da tecnologia da produção do IFA, a União Química dever produzir, no Brasil, 8 milhões de doses por mês.
Precisa Medicamentos (vacina Covaxin/Barat Biotech/IND) - (aguardando finalização do contrato)
- Março: 8 milhões (importadas da Índia)
- Abril: 8 milhões (importadas da Índia)
- Maio: 4 milhões (importadas da Índia)
- Total: 20 milhões de doses
Negociações com o Palácio do Planalto
O Ministério da Saúde está negociando as compras das vacinas com os laboratórios Janssen e Pfizer. Nesse domingo, 21, a pasta pediu orientação ao Palácio do Planalto em como proceder para que o impasse das compras seja solucionado. Em comunicado, o ministério disse que as compras estão empacadas “por falta de flexibilidade das empresas”.
A pasta da Saúde está esperando uma resposta da Casa Civil, até esta sexta-feira, 26, sobre o assunto.
O comunicado da Saúde ainda afirma que as empresas estão fazendo exigências que estão prejudicando os interesses do Brasil, ao contrário dos outros fornecedores. Entretanto, o Ministério da Saúde não especifica quais são as exigências.
Governadores querem comprar vacinas por conta própria
Diferente de outros países, no Brasil as vacinas são disponibilizadas após a aquisição por parte da União. Porém, com a demora em adquirir as doses, os governadores anunciaram na sexta-feira, 19, que vão tentar comprar os imunizantes diretamente com os laboratórios.
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