Novo número do SUS, integrado ao CPF, estará disponível a partir de outubro, segundo Ministério da Saúde
Medida busca tornar atendimento na rede pública mais simples e seguro

O Ministério da Saúde (MS), em conjunto com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), anunciou neste mês o início da emissão do Cartão Nacional de Saúde, conhecido como Cartão do SUS, com o número de CPF como identificador único.
A medida busca tornar o atendimento na rede pública mais simples e seguro para o cidadão, além de fortalecer a transformação digital e a qualidade das informações.
De acordo com o MS, o novo cartão, agora emitido com nome e CPF no CadSUS Web, base de cadastros de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), estará disponível no aplicativo Meu SUS Digital a partir de outubro.
Já o antigo número do SUS ficará como identificador secundário, e passa a ser chamado de Cadastro Nacional de Saúde (CNS).
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, falou sobre a iniciativa:
Estamos dando um passo decisivo rumo a uma revolução tecnológica no SUS, ao adotar o CPF como identificador único dos cidadãos. Essa é uma mudança estrutural, que prepara o presente e o futuro do SUS, fazendo do nosso sistema uma referência ainda maior para o mundo.
Para o ministério, "a unificação vai eliminar duplicidades, reduzir riscos de erro e garantir maior agilidade no atendimento".
O órgão alerta ainda que não deixará de atender quem não tem CPF.
Por exemplo, para populações indígenas, ribeirinhas, nômades, estrangeiros em trânsito e pessoas em situação de rua será possível manter cadastros temporários, desde que justificados em campo próprio no sistema.
Na prática, o governo federal explica que, com um número a menos para decorar, uma mãe, por exemplo, poderá levar apenas o CPF do filho para vaciná-lo e conseguirá visualizar todo o histórico de vacinas diretamente no celular pela Caderneta Digital da Criança .
Além disso, como parte desse processo de integração dos dados, o governo federal informou que iniciou o processo de limpeza do CadSUS, em julho.
Desde então, os registros passaram de 340 milhões para 286,8 milhões cadastros ativos. Desse total, 246 milhões já estão vinculados ao CPF e 40,8 milhões permanecem sem CPF, em fase de análise para inativação. Esse procedimento também alcança cadastros inconsistentes ou duplicados.
O Ministério da Saúde estima ainda que 11 milhões de registros deixem de existir por mês, totalizando cerca de 111 milhões de cadastros inativos até abril de 2026.
A meta é que, ao final da ação, a base do CadSus seja equivalente ao total de CPFs ativos na Receita Federal: 228,9 milhões.
Receba as notícias das regiões Serrana e dos Lagos no Rio direto no WhatsApp. Clique aqui e inscreva-se no nosso canal!