"Vivemos o dilema do maquinista, em que não existe um caminho bom", diz economista Mário Saveri
Em entrevista ao Portal Multiplix, profissional defende escolha pragmática pela reabertura da economia para evitar um colapso ainda maior
25/05/20 - 15:56
Desde março, inúmeros municípios e estados brasileiros adotaram medidas de controle do contágio do novo coronavírus, a exemplo do que fizeram diversos países do mundo. Dentre elas, estão a proibição e a restrição ao funcionamento do comércio e da indústria. Em geral, somente setores considerados como essenciais seguem abertos ou operando com limitações. E esses meses de paralisação têm tido consequências inimagináveis. Sem poder produzir, muitas empresas se veem sob a necessidade de suspender contratos ou demitir funcionários, postergar o pagamento de impostos, entre outras decisões drásticas, que possibilitem a sobrevivência dos negócios.
Para o economista, advogado e professor universitário mineiro Mário Saveri, o momento é de decisão, e que, infelizmente, seja qual for a escolha, haverá consequências. Ele cita o "dilema do maquinista", em que não existe um caminho bom. Se parar o trem, tem mortes; se virar para direita, tem mortes; e se virar para a esquerda, tem mortes.
Por isso, segundo Mário, é preciso que os gestores públicos flexibilizem a rigidez de determinadas medidas, garantindo a volta da produção econômica. Mário ressalta que a escolha certa é difícil, mas fundamental para garantir que não haja um colapso ainda maior da economia. Para ele, é preciso optar pelo pragmatismo ou o que chama de utilitarismo, em que o que determina se uma decisão ou ação é certa, é o benefício à coletividade, ou seja, quanto maior o benefício, tanto melhor a decisão ou ação será.
Confira essas e outras reflexões na entrevista acima!