Governo lança ‘Renda +’ para complementar aposentadoria; veja como funciona
Previdência privada ainda é considerada uma opção utilizada por poucos brasileiros
Uma novidade pode estimular os brasileiros a guardar um dinheirinho para a velhice e ajudar no complemento da renda dos aposentados.
A Secretaria de Previdência (SPREV) lançou nesta segunda-feira, dia 30, um novo título do Tesouro Direto.
Começou a ser vendido na B3, a bolsa de valores brasileira, o título ‘Tesouro Renda+ Aposentadoria Extra’, que exige um aporte inicial a partir de R$ 30 e que poderá ser acumulado de sete até 42 anos.
Por meio deste título, o investidor pode planejar uma data para aposentadoria garantindo o recebimento de uma renda extra pelo período de 20 anos.
A contribuição pode ser feita por meio da plataforma ‘PagTesouro’, com aportes feitos através de Pix.
Assim como em uma previdência privada, o objetivo é economizar pouco a pouco para que o trabalhador tenha uma renda extra quando parar de trabalhar.
De acordo com pesquisa do Tesouro Nacional, 46% dos aposentados afirmam que o valor da aposentadoria não é suficiente para pagar contas e despesas pessoais.
O valor investido será corrigido mensalmente pela inflação, mais uma taxa de juros que varia conforme as condições da economia, garantindo o poder de compra do investidor.
Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, o ‘Tesouro Renda+ Aposentadoria Extra’ é um programa de educação financeira muito importante para ajudar as famílias a perceberem os benefícios que a poupança de alguma parcela da renda pode gerar no futuro.
Com o avanço da idade, essa ação de poupar desde o início da sua vida laboral pode gerar um grande benefício em termo de renda extra.
O valor investido será sempre devolvido em 240 prestações mensais que amortizarão todo o dinheiro investido no produto.
O Tesouro Nacional espera a adesão de até três milhões de trabalhadores, o que ampliaria o público do Tesouro Direto para cerca de cinco milhões de investidores.
O órgão esclarece que os títulos públicos funcionarão como um complemento para a aposentadoria e não substituirá o regime de Previdência por repartição do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), nem o regime especial de Previdência para o funcionalismo público.
Previdência privada no Brasil
A previdência privada, apesar de ser sugerida pelo próprio Governo Federal como complemento de renda para os aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ainda é pouco disseminada pela população brasileira.
Apenas 3% dos aposentados têm, atualmente, essa modalidade como parte do sustento.
A conclusão está na pesquisa ‘Raio X do Investidor Brasileiro’, feita pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em parceria com o Instituto Datafolha.
Segundo a Anbima, o percentual de aposentados que recorrem à previdência complementar é o mesmo dos que vivem de salário próprio ou de suas empresas (3%), o que quer dizer que ainda há uma parcela de aposentados que trabalha.
Já os recursos do INSS, são a fonte de renda de 92% dos aposentados brasileiros.
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