Escritora de Bom Jardim lança livro sobre Euclides da Cunha voltado para jovens
Lançamento aconteceu na Flip, uma das mais importantes feiras literárias do Brasil
Livro sobre Euclides da Cunha foi lançado durante a Flip – Feira Literária Internacional de Paraty, no Sul do estado
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Foto: Divulgação/Fabiana Corrêa
Durante a 17ª edição da Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), a escritora Fabiana Corrêa, nascida em Bom Jardim e moradora de Cordeiro, ambas na Região Serrana do Rio, fez o lançamento de seu novo livro, “Era uma vez Euclydes, para jovens leitores”, uma biografia do autor brasileiro Euclides da Cunha, escolhido como homenageado na Flip de 2019.
“Durante a apresentação da biografia, eu incluo alguns trechos da obra euclidiana, contextualizando algum momento da vida dele, fazendo um paralelo com os seus textos. É uma oportunidade de o jovem conhecer a biografia do escritor e travar o seu primeiro contato com a escrita do Euclides, que costuma ser vista como uma escrita muito culta”, afirma Fabiana, em entrevista ao Portal Multiplix.
Fabiana Corrêa é escritora, professora e formada em ciências biológicas pela UERJ. O interesse pela obra de Euclides da Cunha surgiu por ter morado em Cantagalo. Após formada, deu aula em uma escola particular da região que recebia o nome do autor e o desenvolvimento de atividades pedagógicas, aliada à bagagem de leitora, fez com que despertasse um interesse maior ainda pelo escritor e suas obras.
“Sempre fui leitora e admiradora da obra de Euclides. Eu morei em Cantagalo por muitos anos, e a gente acaba se aproximando do autor, em parte, por conta disso. Quando fui trabalhar no Colégio Euclides da Cunha, me envolvi mais ainda com a obra e com o artista, enquanto realizava trabalhos pedagógicos”, diz.
Quando perguntada sobre a utilização do ‘y’ na grafia do nome de Euclides, Fabiana diz preferir seguir a linha tradicional e se dirige a ele, no seu texto, sempre como consta no registro de nascimento.
O registro de batismo e nascimento de Euclydes da Cunha é com y. Depois de uma das reformas ortográficas do início do século passado, foi abolido o ‘W’ ‘Y’ e o ‘K’ do nosso alfabeto, e aí os nomes próprios também foram corrigidos. Mas eu faço a opção de manter a grafia original, que está presente até na assinatura de Euclydes.
Toda as etapas de produção do livro foram feitas por moradores da Região Serrana do Rio, desde a escrita, por Fabiana, passando pelas ilustrações, criadas pelo cantagalense Arthur Abreu, e pela edição, realizada pela editora Outra Margem, de Cantagalo.






