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Movimento Laço Branco pede um basta à violência contra a mulher em Nova Friburgo

Saiba como funciona a campanha, que teve origem no Canadá, e como participar

Por Luisa Machado
02/12/19 - 15:44 Atualizada em 03/12/19 - 11:26
Movimento Laço Branco pede um basta à violência contra a mulher em Nova Friburgo Campanha do Laço Branco teve início no Canadá e visa combater à violência contra a mulher | Foto: Banco de Imagem

Há 30 anos, no município de Montreal, no Canadá, 24 alunas de um curso de engenharia foram assassinadas por rapazes, colegas de faculdade, que acreditavam que mulheres não deveriam ocupar aquele espaço.

Inspirado no caso e com o objetivo de colocar um fim nas situações de preconceito de gênero, surgiu o movimento Laço Branco.

A ideia da campanha mundial é mostrar o grande número de casos de mulheres que sofrem violência para uma parcela específica da população: os homens. Nos dias da campanha, entre o final de novembro e início de dezembro, eles são os agentes principais do movimento.

Em Nova Friburgo, um grupo decidiu se unir e promover ações que marcassem a ocasião. Um dos participantes é o músico Guto Silva, que é conhecido por ser intérprete de uma escola de samba do município.

“Escolhi participar da campanha por conta dos inúmeros casos de agressões e os recentes casos de feminicídio na cidade e região. Me preocupa mais ainda os casos subnotificados, que são muito maiores. Minha família é basicamente constituída por mulheres e, desde cedo, me ensinaram a importância do respeito e empatia”, explica o sambista.

Músicos, escritores, advogados, médicos e influenciadores digitais da cidade participaram de um ensaio fotográfico, onde cada pessoa envolvida exibia frases e dizeres que expressam a realidade das mulheres que sofrem violência, e a necessidade de por um basta a essa realidade.

“Juntamos amigos para falar sobre violência contra a mulher, levar informações sobre os tipos de violência, empoderar mulheres que, às vezes, ainda nem sabem o real sentido da palavra empoderamento”, comenta a organizadora da campanha, Ana Paula Lengruber.

Cidadãos de Nova Friburgo participam da luta pela não violência contra a mulherCidadãos de Nova Friburgo participam da luta pela não violência contra a mulher | Foto: Divulgação

O movimento local também conta com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Nova Friburgo, por meio da Comissão Especial de Proteção contra a Violência Doméstica e Familiar da OAB, e do Rotary Clube de Nova Friburgo, através da ativista e advogada especializada em violência contra a mulher, Rosangela Cassano.

“Até o dia 10 de dezembro, no Brasil, é comemorada a Semana dos Direitos Humanos e uma das pautas a ser discutida é o Movimento Laço Branco, que acontece no dia 6 de dezembro. Uma das atividades promovidas pelo Rotary no dia é um seminário sobre a preservação dos direitos da mulher, e vai acontecer das 14 às 18h na sede da OAB”, convida a ativista.

Ana Paula Lengruber, organizadora do movimento em Nova Friburgo, dá um recado para as moças e moços da cidade, e ressalta a importância de por a voz no trombone.

“Moça, se você estiver passando por isso, busque ajuda! Denuncie através do 180, a ligação é gratuita, vale em todo território nacional e é confidencial! E você, moço, antes de chegar com o discurso “mas nem todo homem” ou então “vocês não podem generalizar”, faça a sua parte! Quer ajudar as mulheres nessa luta? Converse com os seus amigos, comece a se informar. Desconstruir não é fácil, dá trabalho, mas ajuda a luta pela vida”, afirma.

O músico Guto respalda a necessidade dessa mudança na mentalidade de muitos homens. “Nós podemos colaborar principalmente revendo nossas atitudes, de amigos e familiares, nessa sociedade tradicionalmente machista. Compreender que a luta das mulheres nada tem a ver com supremacia, e sim com igualdade de direitos, ou equidade. É um processo, por sua vez demorado e que exige empenho e renúncia de privilégios de todos nós homens”, finaliza.


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