Operação da Polícia Civil em Cabo Frio investiga grupo suspeito de fraudar contratos com a Petrobras

A Polícia Civil do Rio de Janeiro faz uma operação nesta terça-feira, 7, em Cabo Frio, Região dos Lagos do Rio, contra um grupo que teria fraudado contratos com a Petrobras. Os alvos da 'Operação Prometheus’ são suspeitos de vender equipamentos velhos e adulterados.

A operação vem sendo realizada em conjunto com a estatal, por meio do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD). As primeiras investigações dão conta de que todos os envolvidos seriam de uma mesma família.

Segundo a Polícia Civil, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão na cidade cabo-friense. Ainda até a tarde desta terça-feira, 7, uma lancha e cinco veículos foram apreendidos.

Conforme informações repassadas pela Petrobras à Polícia Civil, de 2019 a 2022, as empresas envolvidas nas fraudes firmaram cerca de 3 mil contratos, totalizando R$ 26 milhões em pagamentos. Até o momento, os prejuízos financeiros apurados ultrapassam a marca de R$ 1,2 milhão.

O grupo, por meio de cinco empresas, atua em conjunto para vender equipamentos fraudulentos, disse a corporação:

Os acusados forneceram peças falsificadas por vários anos, colocando em risco a segurança dos funcionários e causando um grande prejuízo financeiro. Os materiais entregues pelos envolvidos no caso não apresentavam as características necessárias, além de marcas de desgaste.

Além disso, o material apresentava oxidação, comprovando que não se tratava de equipamentos novos. As equipes de investigação constataram que se os instrumentos adulterados tivessem sido utilizados, gerariam risco para a vida dos profissionais e segurança das instalações.

A Secretaria de Estado de Polícia Civil informou que os empresários estão sendo investigados por estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Por meio de nota enviada ao Portal Multiplix, a Petrobras detalhou que, diante dos indícios de fraudes, adotou as medidas internas cabíveis, incluindo a aplicação de sanções administrativas e o acionamento das autoridades públicas para adoção de medidas no âmbito criminal.

A estatal ainda destacou que: “Atuou tempestivamente e de modo eficaz e continuará colaborando com as investigações."

A reportagem também entrou em contato com a 126ª Delegacia Policial de Cabo Frio para obter mais informações sobre a operação, mas ainda aguarda retorno.

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