Perguntas ainda sem respostas sobre o coronavírus
Cientistas ainda têm algumas questões que estão pendentes em relação ao covid-19; saiba quais são
07/04/20 - 09:00
O novo coronavírus chegou no final do ano passado e em pouco tempo já fez mais de 70 mil mortes no mundo e mais de um milhão de casos. No Brasil, o número passa dos 12.000 casos confirmados e mais de 550 mortes. Mesmo com os esforços mundiais e dos cientistas para a descoberta da cura da infecção, ainda tem algumas perguntas sem respostas sobre o covid-19.
Ainda não se sabe exatamente quantas pessoas no mundo foram infectadas, já que muitos pacientes são assintomáticos, ou seja, não se sentem doentes. Por conta disso, o contingente de pessoas que tem ou tiveram o coronavírus ainda é desconhecido. Apenas com os testes que detectam anticorpos que os pesquisadores vão descobrir quem já teve o vírus e até onde ele chega e como se espalha.
Os sintomas do covid-19 também deixam médicos intrigados, já que além da febre alta, a dificuldade em respirar e a tosse constante podem não ser os únicos que acusam a infecção. Muitas pessoas que tiveram o coronavírus relataram ter diarréia, perda de olfato, dor de cabeça, espirro e dor no peito.
Por isso, os pesquisadores acreditam que pessoas que apresentaram sintomas leves de resfriado também podem ter tido coronavírus sem saber.
Devido a falta de exatidão em relação a quantidade de casos, os cientistas dizem ser impossível ter certeza sobre a taxa de letalidade do covid-19. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 3,4% das pessoas infectadas morrem. Outros cientistas dizem que o índice de óbitos é de 1%.
Várias teorias tentam afirmar de onde o coronavírus veio. A primeira cidade a fazer o registro foi Wuhan, na China, no final de 2019 e estaria relacionada a um mercado de animais.
O coronavírus, oficialmente Sars-CoV-2, está intimamente ligado ao vírus que infecta os morcegos, mas também há quem diga que os animais passaram para outra espécie ainda desconhecida e eles para os humanos. E assim, de onde veio o coronavírus ainda é uma pergunta sem resposta.
Também não se sabe porque alguns pacientes acabam apresentando sintomas mais graves da infecção (20%) e para outros é leve. Segundo os especialistas, o sistema imunológico está muito envolvido com a questão, assim como o fato genético das pessoas. Mas estudos ainda estão sendo feitos para compreender melhor o assunto.
Outras pessoas acabam se perguntando se o coronavírus poderá sofrer alguma mutação. Os cientistas dizem que sim e que isso ocorre o tempo todo, mas o importante é saber se o sistema imunológico vai deixar de reconhecer o vírus, para que apenas uma vacina específica seja útil.