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Estado do Rio já registrou 82 casos de meningite em 2018; Veja como se prevenir

Ao todo, 16 pessoas já morreram por causa da doença, incluindo uma menina de quatro anos, em Bom Jardim, na semana passada

Por Matheus Oliveira
17/10/18 - 11:53
Estado do Rio já registrou 82 casos de meningite em 2018; Veja como se prevenir Crianças de até cinco anos são um dos grupos com mais chances de contrair a meningite. | Foto: Divulgação/ Secretaria de Estado de Saúde

Após a morte de uma menina em Bom Jardim, na Região Serrana do Rio, as atenções da população do estado do Rio se voltam para as formas de prevenção e combate à doença. Só até outubro deste ano, segundo a Subsecretaria de Vigilância em Saúde do Rio de Janeiro, foram registrados 82 casos de doença meningocócica em todo o estado, com um total de 16 óbitos. Como comparação, em 2017, segundo a pasta, foram registrados 89 casos de meningite em no Rio, com 29 óbitos.

Morte em Bom Jardim

Estre os 16 óbitos deste ano, o mais recente é de uma menina de quatro anos, moradora de Banquete, distrito de Bom Jardim, que faleceu na madrugada do último sábado, dia 13 de outubro, vítima de meningite bacteriana. A criança Vitória Firmino passou mal na última quinta-feira, na Escola Municipal Amanda Farias Almeida.

A Prefeitura de Bom Jardim confirmou a causa da morte na terça-feira, 16, e em nota informou que “a Secretaria Municipal de Saúde de Bom Jardim, através da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da cidade informa que, a partir do momento em que teve conhecimento do óbito de uma criança por meningite, tomou todas as providencias protocolares, entre elas a comunicação feita com a Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, que, após análise de documentos fornecidos, chegou a conclusão de tratar-se de meningite bacteriana, dispensando, assim, o protocolo de quimioprofaloxia”.

Meningite

A meningite é a inflamação das meninges – membranas que envolvem o cérebro- e possui três tipos da doença com causas e sintomas específicos em cada uma delas: meningite viral, meningite bacteriana e meningite fúngica.

Meningite Viral

A meningite viral, forma mais comum da doença, como o próprio nome diz, pode ser causada por vírus. É a maneira menos perigosa do problema e, por vezes, não é necessário o tratamento. Os vírus podem ser transmitidos através de alimentos, água e objetos contaminados, ocorrendo mais comumente entre o fim do verão e o começo do outono.

Meningite Fúngica

Este é o quadro mais incomum da doença, mas pode levar ao quadro crônico da meningite. Seus efeitos são parecidos com os da meningite bacteriana, mas sem contágio entre as pessoas. Em situações raras, podem ser transmitidas de formas não-infecciosas como alergia a medicamentos ou reações químicas.

Meningite Bacteriana

Esta é a maneira mais grave de meningite, sendo contraída através da corrente sanguínea e se direcionando até o cérebro. A mesma pode ser transmitida após infecção no ouvido, fratura ou alguma cirurgia. As bactérias que transmitem a meningite bacteriana são: Streptococcus Pneumoniae (pneumococo), Neisseria meningitidis, Haemophilus influenzae e Listeria monocytogenes.

Sintomas

Os sintomas variam de acordo com a faixa etária. As crianças maiores de dois anos de idade apresentam, na maioria das vezes, cefaleia (dor de cabeça), vômitos, febre, dor, rigidez de nuca com ou sem manchas na pele. Nas crianças menores, os sintomas se apresentam de uma forma mais inespecífica, como sonolência ou irritabilidade intensa, choro inconsolável, recusa em mamar, febre alta, abaulamento de fontanela (moleira alta).

Diagnóstico

O diagnóstico da doença é feito a partir da suspeita clínica e confirmado através da análise do líquido cefalorraquidiano obtido, na maioria das vezes, por meio de uma punção lombar. O diagnóstico precoce reduz o agravamento da doença sobretudo nas formas bacterianas, em que a administração do antibiótico de forma precoce pode diminuir as complicações e a mortalidade.

Prevenção

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção. O calendário vacinal oficial brasileiro oferece vacinas contra meningococo do tipo C, Haemophilus Influenzae do tipo B, Pneumococo e Tuberculose. O serviço público oferece também a vacina para meningococo do tipo A, porém, essa opção só é utilizada em casos de surtos e epidemias por esse sorotipo. Existem as vacinas para meningococo dos tipos A, B, Y e W 135, contudo, só estão disponíveis na rede privada.

Existe também a possibilidade de prevenção com uso de antibióticos para os contactantes de casos de meningite por meningococo e por Haemophilus Influenzae. No entanto, esse tipo de abordagem deve ser dirigida e realizada pelas autoridades de saúde ou pelos serviços de saúde responsáveis pelos casos de meningite. Para as meningites virais, ainda não existem formas eficazes de prevenção.

Tratamento

O tratamento das formas virais se dá apenas com medidas de suporte e sintomáticos, enquanto, que a doença bacteriana necessita do uso de antibióticos, além da adoção de medidas de suporte: controle de dor, febre, náuseas/vômitos e suporte das condições vitais.

Fatores de Risco

Os fatores de risco para a meningite são:

  • Idade: A meningite viral afeta mais crianças de até cinco anos. Já a meningite bacteriana atinge mais idosos.

  • Quem frequenta ambientes fechados e cheio de pessoas, além e viver em grandes centros urbanos, tem uma chance maior de contrair a doença.

  • Gravidez: mulheres grávidas têm maiores chances de contrair listeriose e também a meningite bacteriana causada por Listeria monocytogenes.

  • Sistema imunológico comprometido: pessoas com baixa imunidade correm maiores riscos de apresentar meningite também, a exemplo de portadores de Aids ou diabetes e usuários de drogas injetáveis.


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