Cuidado para não virar camarão: protetor solar é aliado indispensável no verão

O verão começou oficialmente no Brasil na última semana e, com ele, aquele calorão que todo brasileiro já está acostumado, principalmente nesta época do ano. Mas a chegada da estação leva a uma preocupação: o risco de problemas na pele devido à exposição prolongada ao sol.

A Região dos Lagos do Rio é famosa por suas belas praias e seu clima favorável para um bom passeio na praia e um mergulho. Porém, as belezas naturais das praias de águas cristalinas escondem um perigo real, o de queimaduras na pele decorrentes da falta de uso de protetor solar.

É muito comum encontrar pessoas nas praias com o corpo todo vermelho. Na hora, a pessoa nem sente a gravidade da situação em que se encontra, mas depois esses problemas chegam a galope.

É o que explica a dermatologista Maria Gabriela Belerique: “Uma exposição solar consciente evita uma série de problemas no curto e longo prazo, com problemas que vão desde simples queimaduras até o envelhecimento precoce da pele, e também o câncer de pele”, destaca ela.

O problema mais comum para uma pessoa que ficou tempo demais ao sol e não usou filtro solar é a queimadura seguida do descascamento da pele. Isso acontece porque o sol queima e pele, resseca, e o processo natural das células do corpo humano é substituir o tecido danificado.

Descamação da pele após queimaduras de sol em turista na Região dos Lagos | Foto: Reprodução/Multiplix

Mas esse processo não é indolor, pelo contrário, é extremamente lento e doloroso. E os problemas vão desde queimaduras simples até queimaduras de 3º grau, dependendo do tom de pele da pessoa e do tempo de exposição aos raios ultravioletas.

Além disso, algumas condições e doenças de pele pré-existentes podem piorar com a exposição solar excessiva, como micoses e brotoejas, muito comuns nessa época do ano, além de alergias e acne. Por isso, o uso do protetor solar é fundamental.

Mas engana-se quem pensa que só o protetor solar é suficiente. Há uma série de cuidados que precisam ser tomados para evitar que um momento de lazer e diversão se transforme em um momento de dor e problemas de saúde severos.

“Além do uso do protetor solar, também é importante regular os horários de exposição ao sol. Deve-se evitar tomar sol entre 10h e 16h. Dê preferência para os horários onde a incidência dos raios ultravioletas é menor. Roupas e barracas com proteção solar também ajudam, além de protetor solar labial, que às vezes ficam esquecidos, mas são importantes para uma proteção mais completa”, ressalta a médica.

Os cuidados devem ser redobrados com as crianças. Protetor solar só em maiores de 6 meses de vida | Foto: Banco de Imagem

Outra dica importante é manter a hidratação em dia, ou seja, beber muito líquido. A exposição ao sol leva a uma transpiração mais intensa, o que deixa o corpo a ficar desidratado. Por isso, beba muita água, suco natural e vitaminas para manter o corpo e a pele hidratados.

Sabe aquela história de que só se deve usar protetor solar em dias de sol? É mito. O filtro solar deve ser usado também em dias nublados. O céu encoberto dá a falsa sensação de segurança, mas os raios UVA conseguem atravessar as nuvens e chegar a sua pele.

E se você não está na praia mas está exposto ao sol no dia a dia, como os trabalhadores da construção civil, vendedores ambulantes e guardas municipais, você também precisa se proteger. A incidência de raios UVA não acontece só na praia, ela acontece em todo lugar que há exposição ao sol. Principalmente no verão.

E quem pensa em levar crianças pequenas para a praia, ou expor os pequenos ao sol, tem que tomar ainda mais cuidado. O uso de protetor solar é recomendado apenas para crianças com mais de seis meses de vida. Antes disso, nem pensar. O ideal é procurar um dermatologista quando a criança completar seis meses, para que o profissional indique o melhor produto para o bebê.

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