Rio de Janeiro tem seu 5º ex-governador preso em menos de três anos
Moreira Franco foi detido em operação da Lava-Jato no Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira
21/03/19 - 15:51
A prisão de Moreira Franco (MDB), antigo ministro de Minas e Energia do governo Michel Temer (MDB), na manhã desta quinta-feira, dia 21 de março, expõe um dado interessante sobre a política fluminense: em menos de três anos, os cinco ex-governadores do estado do Rio de Janeiro, eleitos e que ainda estão vivos, foram presos.
Os ex-governadores que já foram presos são:
Moreira Franco
Anthony Garotinho
Rosinha Garotinho
Sérgio Cabral
Luiz Fernando Pezão
O primeiro a ser preso, em novembro de 2016, foi o ex-governador e ex-prefeito de Campos, Anthony Garotinho, - que governou o Rio de Janeiro entre 1999 e 2002 - na Operação Chequinho, por ser suspeito de comprar votos através do programa social Cheque Cidadão na eleição municipal de 2016.
Em setembro de 2017, Garotinho foi preso pela segunda vez, enquanto apresentava um programa em uma rádio carioca, para cumprir prisão domiciliar por fraude eleitoral. Dois meses depois uma nova detenção, dessa vez com sua esposa e também ex-governadora do Rio, Rosinha Matheus (chefe do Executivo entre 2003 e 2006), também acusada de crime eleitoral.
Em seguida, foi a vez da prisão de Sérgio Cabral (que governou o Rio de 2007 a 2014) pela operação Calicute, dois dias após a prisão de Garotinho, em novembro de 2016, por ser suspeito de receber propina em diversas licitações para obras no estado do Rio de Janeiro, como a obra do Maracanã e da Linha 4 do Metrô. O antigo chefe do Executivo foi processado por vários crimes e em diferentes casos. Ele segue preso no presídio Bangu 8 com uma pena somada de 197 anos.
Por sua vez, Pezão foi preso no dia 29 de novembro de 2018, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio de Janeiro. O chefe do Executivo foi preso pela Operação Boca de Lobo, autorizada pelo ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O antigo governador está preso em uma cela especial da Unidade Prisional da Polícia Militar, no Fonseca, bairro de Niterói.
Já Moreira Franco (que esteve no Palácio Guanabara de 1987 até 1991) foi preso em operação do braço da Lava-Jato no Rio de Janeiro, autorizada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. O ex-governador é suspeito de ter recebido propina de R$ 1 milhão a pedido do Coronel Lima, segundo a delação do dono da Engevix, José Antunes Sobrinho. Na mesma operação, o ex-presidente Michel Temer também foi preso.