OMS comemora avanço no combate à poliomielite nos últimos 30 anos
Em 1988, a poliomielite era endêmica em 125 países. Em 2018, esse número é de apenas três países: Nigéria, Paquistão e Afeganistão
26/10/18 - 11:40
Na quarta-feira, 24 de outubro, foi lembrado o Dia Mundial da Pólio, também conhecida como paralisia infantil. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o combate à doença teve um grande avanço nos últimos 30 anos.
De acordo com o Ministério da Saúde, a poliomielite é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou secreções eliminadas pela boca de pessoas infectadas e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.
A vacina contra a pólio
Já são 63 anos desde que a vacina para combater a pólio foi criada, declarada segura, eficaz e potente contra o vírus. Desde então, o número de casos de paralisia infantil caiu 99% em todo o mundo.
Antes da sua distribuição, mais de 35.000 pessoas contraiam a doença somente nos Estados Unidos. Em 1957, somente dois anos depois da introdução da vacina, os casos no país caíram em quase 90%, e em 1979, a pólio foi erradicada nos EUA.
A contribuição do Rotary Internacional
Mas o restante do mundo teve que aguardar até 1988, quando o Rotary Internacional lançou a Iniciativa Global de Erradicação da Pólio (GPEI) junto com seus parceiros Unicef, CDC e OMS. Na época, a poliomielite era endêmica em 125 países. Em 2018, esse número é de apenas três países: Nigéria, Paquistão e Afeganistão. Ainda de acordo com a OMS, se não fossem os esforços para acabar com a doença, hoje mais de 17 milhões de pessoas poderiam ter os membros paralisados por conta da infecção pelo vírus.
Imunização
Entre os meses de agosto e setembro deste ano foi realizada a Campanha Nacional de Vacinação Contra o Sarampo e a Poliomielite, que ficou marcada pela baixa adesão.
Na Região Serrana, Teresópolis conseguiu atingir a meta após uma prorrogação no período da campanha. Diferentemente de Nova Friburgo, que, mesmo prorrogando, ficou abaixo do índice de 95% do público-alvo imunizado.
Existem duas vacinas disponíveis no Brasil, sendo uma oral de poliovirus vivos atenuados (VOP ou Sabin) e outra injetável de poliovirus inativados (VIP ou IPV ou Salk). São aplicadas com 2, 4 e 6 meses com reforço entre 15 a 18 meses.