Casos de mortes por dengue aumentam em Friburgo; cidade é a que tem mais óbitos pela doença na Região Serrana
Confira os números do governo do estado e da prefeitura sobre os registros na cidade
Hospital Municipal Raul Sertã é a principal unidade de atendimento da cidade
|
Foto: Reprodução/Portal Multiplix
Nova Friburgo é a cidade com mais óbitos causados pela dengue da Região Serrana do Rio. São seis casos confirmados até a manhã desta quinta-feira, 25, segundo o painel ‘Monitora RJ’, do governo do Rio de Janeiro.
As vítimas são três homens com mais de 70 anos, uma mulher e um homem com idade entre 60 e 69, além de uma criança do sexo feminino, com faixa etária de 0 a 10.
O estado ainda investiga três outras mortes provocadas pela doença em Friburgo.
De acordo com o painel estadual, até a manhã desta quinta-feira, 25, eram 1.336 casos positivos na cidade.
O número de mortes pela doença na Serra Fluminense até o momento é o seguinte:
Nova Friburgo: 6
Petrópolis: 4
Teresópolis: 3
Sumidouro: 2
Bom Jardim: 1
Cachoeiras de Macacu: 1
São José do Vale do Rio Preto: 1
Trajano de Moraes: 1
Ainda nessa quinta, 25, o governo do estado divulgou a edição mais recente do panorama de dengue em território fluminense.
De acordo com a superintendente de informação Estratégica de Vigilância em Saúde do Rio, Luciana Velasque, o cenário epidemiológico geral passa por uma estabilização, o estado está no nível dois do plano de contingência da doença. Porém, duas regiões preocupam:
A gente também vem observando que algumas regiões, como Norte e Serrana, permanecem no nível três, que é o mais alto nível de acionamento. Por isso, a Secretaria Estadual de Saúde estendeu o Comitê Operacional de Emergência em Saúde por mais trinta dias e manteve o decreto de emergência de saúde pública.
A superintendente afirmou também que o período entre abril e maio deve ter o maior número de casos de dengue.
Boletim da Prefeitura de Nova Friburgo
Em um boletim divulgado na tarde dessa quarta-feira, 24, a prefeitura confirmou cinco mortes no município e três investigações.
Até o último dia 16, eram dois óbitos registrados em Friburgo. Ou seja, em oito dias, mais três foram contabilizados.
De acordo com o governo municipal, essas três vítimas tinham doenças pré-existentes, sendo dois homens e uma mulher. Uma dessas pessoas tinha mais de 80 anos e as outras estavam na faixa etária de 70 a 79.
Nas três mortes investigadas, duas tinham entre 30 e 39 anos e uma mais de 80. Esses casos também envolvem dois homens e uma mulher.
O número de casos positivos chegou a 1.284 nesta semana, segundo o governo municipal.
Sobre as ações de combate, a prefeitura informou que:
A equipe da Subsecretaria de Vigilância em Saúde e o Comitê de Combate ao Aedes aegypti seguem monitorando o cenário epidemiológico e promovendo ações de enfrentamento que incluem a capacitação de servidores públicos e comunidade, realização de mutirões de limpeza e verificação de focos do mosquito, remoção de veículos abandonados nas ruas da cidade e as visitas domiciliares feitas pelas equipes de agentes de combate às endemias.
O Portal Multiplix solicitou mais detalhes sobre os casos de dengue no município e foi confirmado que Olaria continua sendo o bairro com maior incidência da doença.
Também perguntamos sobre o número de focos do mosquito Aedes aegypti encontrados pelos agentes de endemias no município, e fomos informados que "não é possível mensurar esse número".
O governo de Nova Friburgo também falou à reportagem que, atualmente, 35 agentes de endemias realizam visitas às casas da cidade, porém, "apesar do aumento do número de casos, os agentes continuam a ter recusa nas visitas domiciliares".
A reportagem voltou a solicitar uma explicação ao governo estadual sobre essa divergência de dados e recebemos o seguinte:
A Secretaria de Estado de Saúde esclarece que é atribuição dos municípios a confirmação e descarte de casos e óbitos de dengue no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os municípios também realizam limpeza de inconsistências e duplicidades, além de revisarem a investigação e o encerramento dos casos, por isso, pode haver alterações pontuais nos dados.
Receba as notícias das regiões Serrana e dos Lagos no Rio direto no WhatsApp. Clique aqui e inscreva-se no nosso canal!
