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Ministério da Saúde amplia uso de máscaras e defende produção caseira

Higienização do material deve ser feita com água e sabão e item deve ser passado com ferro quente

Por Redação Multiplix
02/04/20 - 17:07
Ministério da Saúde amplia uso de máscaras e defende produção caseira Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, usa máscara cirúrgica comum enquanto presidente Jair Bolsonaro usa máscara modelo N95. Recomendação é para que população use modelo de tecido | Foto: Reprodução/Isac Nóbrega (PR)

O uso de máscaras de proteção é uma barreira contra o coronavírus. O ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta quarta-feira, 1º, que as máscaras alternativas podem servir para a população e as cirúrgicas e as N95 para os profissionais de saúde. Contudo, o item deve ser utilizado de maneira correta, para evitar a contaminação.

As máscaras de tecido devem ser lavadas com água e sabão após serem utilizadas e, quando secarem, devem ser passadas com ferro quente. O ministro destacou os estudos científicos que mostram a eficiência das máscaras e disse que conversa com a indústria têxtil para a fabricação dos produtos com TNT.

O médico Christiano Hallack explicou como as máscaras de tecido funcionam.

“As máscaras de tecido perdem mais um pouco por não serem de material impermeável, mas ainda têm uma eficácia em torno de 20% e podem ser lavadas e reutilizadas. Também ajuda a nos condicionar a não levar a mão ao rosto. E outro ponto importante é que sua eficácia vai variar conforme o material utilizado. Por exemplo, a combinação de tecido com uma camada removível de TNT aumenta a eficácia da máscara”.

Ainda de acordo com o médico, em 2003, por exemplo, quando houve o surto de SARS, o uso de máscaras reduziu o risco de transmissão em 68%.

“Uma informação interessante sobre o uso de máscaras, por exemplo, é que em 2003, durante outro surto de SARS, lavar as mãos 10 vezes por dia reduziu em 55% o risco de transmissão. Países que estão adotando ou adotaram no passado o uso irrestrito de máscaras foram os que onde mais rápido se controlou a disseminação do vírus”, disse.

A pandemia do novo coronavírus causou correria nas farmácias para a compra de álcool gel e de máscaras cirúrgicas que protegem de forma limitada.

“A máscara cirúrgica é feita de TNT, um material impermeável, que impede que gotículas de saliva se afastem do seu rosto e se transformem em aerossol. Quando você tosse ou respira ela faz um bloqueio na saída. O problema é que o ar que você respira entra pelas laterais e pode trazer o aerossol que outras pessoas produziram. Essa é uma das razões que faz com que sua eficácia caia para algo em torno dos 40%”, explicou Christiano.

A melhor opção é fazer o uso da N95 que encosta toda no rosto e é feita com um material mais grosso e eficaz para evitar a proliferação da infecção. Mas, encontrá-las tem sido uma tarefa difícil nas farmácias.

“A N95 é a máscara que melhor confere proteção para todos. Além do material ser mais grosso e com a trama mais fechada, ela se encosta toda no rosto. Isso torna a respiração desconfortável, mas obriga que todo o ar, entrando ou saindo, seja filtrado por ela. Tem uma eficácia de até 95%”, conta o médico.

Mas quem não encontrou a N95 e nem a máscara cirúrgica, o indicado mesmo é produzir uma em casa ou optar pelas de tecido, desde que tenha a camada de TNT que possam ser trocadas com frequência, a cada uso.

“Saber ao certo qual o percentual de proteção é difícil, mas com certeza, na falta de outra opção eu indicaria o uso. É importante o cuidado para não contaminar a máscara, especialmente na parte de dentro, que vai em contato com o rosto, pois assim nos contaminaríamos. Vale lembrar que a máscara não é eterna. O TNT tem que ser descartado e trocado, e o tecido lavado”, finalizou Christiano.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apoia as máscaras de TNT, mas diz que o uso deve ser prioritário para profissionais da saúde e pessoas sintomáticas.

“Usar uma máscara é uma das medidas de prevenção para limitar a propagação de doenças respiratórias, incluindo o novo coronavírus”, diz a Anvisa.


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