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Teresópolis está com todos os 50 leitos de UTI para Covid ocupados há mais de um mês

Situação nas enfermarias também é crítica. Em entrevista ao Portal Multiplix, secretário de Saúde fala sobre o atual momento da pandemia e demonstra preocupação com a possível falta do “kit intubação”

Por Bernardo Fonseca
12/04/21 - 13:50
Teresópolis está com todos os 50 leitos de UTI para Covid ocupados há mais de um mês Teresópolis tem 50 leitos de UTI para Covid-19, mas todos estão ocupados | Foto: Divulgação/Prefeitura de Teresópolis

Teresópolis, na Região Serrana do Rio, vive a situação mais difícil desde o início da pandemia de Covid-19. O município está com todos os leitos de UTI para Covid-19 ocupados desde 6 de março, com a exceção do dia 18 daquele mês, quando houve a ampliação do total de vagas, de 41 para 50, mas que lotaram no dia seguinte e permanecem assim desde então.

A realidade não é muito diferente nas enfermarias, visto que entre 14 de março a 10 de abril, todos os 43 leitos ficaram ocupados. No último domingo, houve a liberação de quatro vagas. Os dados são do Painel Covid da prefeitura.

A Secretaria Municipal de Saúde contabiliza 25.075 casos confirmados do novo coronavírus desde o início da pandemia. São 7.173 casos ativos e 550 óbitos pela doença na cidade.

A campanha de imunização segue em andamento, mas até agora pouco mais de 13% dos habitantes de Teresópolis receberem pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19.

A reportagem do Portal Multiplix conversou por e-mail com o Secretário de Saúde, Antônio Henrique Vasconcellos, que falou sobre a atual situação da pandemia no município.

Secretário de Saúde de Teresópolis, Antônio Henrique Vasconcellos, durante ato de vacinação contra a Covid-19Secretário de Saúde de Teresópolis, Antônio Henrique Vasconcellos, durante ato de vacinação contra a Covid-19 | Foto: Divulgação/Prefeitura de Teresópolis

O secretário reconheceu a existência de filas de pacientes a espera de leitos, mas evitou falar em colapso da saúde. Antônio Henrique também falou sobre a possibilidade de medidas mais rígidas e demonstrou preocupação com a possibilidade de faltar o chamado “kit intubação”. O kit é um conjunto de medicamentos, como anestésicos, sedativos e relaxantes musculares usados para intubar pacientes em casos mais graves da Covid-19.

Confira abaixo a entrevista.

- Qual é o panorama atual da situação da pandemia em Teresópolis?

Antônio Henrique Vasconcellos: Hoje, nós temos uma fila de pacientes para transferência, que ainda não conseguimos diminuir em um número desejado. Nas clínicas de tratamento UTI nós estamos tendo rodízio de pacientes, mas não há vagas ociosas. Havendo necessidade, transferimos pacientes para outro município, mas como toda a rede estadual está lotada, eles dificilmente aceitam pacientes de Teresópolis. Estamos trabalhando na ampliação de outras unidades de saúde para desafogar a UPA, em relação a outras doenças sem vínculo com a Covid-19. E a nossa grande preocupação é sobre o chamado “kit intubação”, que são medicações para sedar o paciente e que no mercado já há falta de fornecimento para este medicamento.

- Podemos falar em colapso hospitalar?

Antônio Henrique Vasconcellos: Quando falamos em colapso estamos falando de toda a rede. Uma é a rede geral para atender o paciente comum, e o outra é a rede para atender Covid. E a rede para atender Covid está com 100% de ocupação.

- Há a possibilidade de alguma medida mais enérgica, como um lockdown?

Antônio Henrique Vasconcellos: Isto depende das reuniões do Gabinete de Crise, entre o prefeito e diretores de hospital. Mas um dado importante é que com o rodízio de CPF, nós conseguimos fazer um isolamento maior do que cidades que fizeram lockdown.

- Como está funcionando a regulação de leitos, visto que a vizinha Nova Friburgo também está com saturação dos hospitais?

Antônio Henrique Vasconcellos: A regulação de leitos é feita pela central estadual, pois os Estado que regula os leitos. Nós solicitamos o pedido ao Estado e o Estado diz para qual vamos levar nosso paciente. Mas eles sempre dão como prioridade a internação do paciente no próprio município, se houver vagas disponíveis.

- Houve registro de morte de paciente que não tenha conseguido transferência para outra cidade?

Antônio Henrique Vasconcellos: Ainda não, porque nós estamos trabalhando com um tempo mínimo e a nossa Unidade de Pronto Atendimento está equipada com respiradores, e sala de estabilização para manter o paciente estabilizado durante esta espera por leitos Covid.

- Qual é o tamanho da fila de espera atual no município?

Antônio Henrique Vasconcellos: Estamos com 36 pacientes na fila de espera.*

- Teria alguma mensagem para a população teresopolitana?

Antônio Henrique Vasconcellos: Mantenha ainda as restrições, o distanciamento social. A mesma regra de sempre, evitar sair desnecessariamente, porque o que mais contamina as pessoas são as saídas para bares, para jogos de futebol. Evitar todo tipo de aglomeração e sair sem motivo de casa.

*Dados de pacientes em fila de espera referente à sexta passada, quando os dados foram recebidos pelo Portal Multiplix.

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