Maioria da população ocupada em Nova Friburgo leva até 30 minutos no trajeto para o trabalho, diz IBGE

A maioria dos trabalhadores de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, gasta de 15 minutos a meia hora para chegar ao trabalho.

É o que revela uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quinta-feira, 9, com base nos resultados preliminares do "Censo 2022 – Deslocamento para Trabalho e Estudo".

De acordo com o levantamento, 37,30% das pessoas com 14 anos (faixa que inclui jovens aprendizes) ou mais levam entre 15 e 30 minutos no trajeto diário.

Outros 6,07% gastam de uma a duas horas, enquanto 0,41% enfrentam deslocamentos ainda mais longos, de duas a quatro horas.

Os números mostram que a realidade friburguense é mais favorável do que a média estadual, já que o Rio de Janeiro tem 11 entre as 20 cidades brasileiras onde os moradores levam mais de duas horas para chegar ao trabalho, segundo o mesmo estudo.

Municípios como Queimados, Nova Iguaçu e Belford Roxo lideram esse ranking, com índices acima de 10%.

Como a maioria dos friburguenses se deslocam até o trabalho

O automóvel é o principal meio de transporte usado pelos friburguenses para o deslocamento ao trabalho, representando 33,08% das viagens diárias.

Em seguida, vêm os trajetos a pé, 27,78%; o ônibus, 25,58%; a motocicleta, 8,77%, e a bicicleta, 2,06%.

O panorama difere do registrado no estado do Rio, onde o ônibus é o principal meio de locomoção dos trabalhadores (34,81%), seguido do automóvel (23,93%) e dos deslocamentos a pé (15,21%).

Segundo o IBGE, o transporte coletivo predomina em cidades mais populosas da Baixada Fluminense, como São Gonçalo, Belford Roxo e Itaboraí, enquanto o automóvel é mais utilizado em municípios de médio porte, como Miguel Pereira, no Centro-Sul, e São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos.

Taxa de ocupação

O Censo também revelou a taxa de ocupação, indicador que mostra a proporção de pessoas que estão trabalhando.

Em Nova Friburgo, esse índice é de 59,48%, de um total de 161.461 pessoas.

Os dados são de julho de 2022 (data de referência da pesquisa) utilizados para o cálculo da condição em relação a força de trabalho.

Contexto estadual e mobilidade no Rio

Em todo o estado do Rio, o levantamento aponta que 4,58% dos trabalhadores gastam mais de duas horas para chegar ao emprego — o maior percentual entre todas as unidades da federação, contra 1,77% da média nacional.

O estudo também mostrou que 5,7 milhões de pessoas trabalham no mesmo município em que vivem, sendo que quase metade (47,5%) leva até meia hora para fazer o trajeto entre casa e trabalho.

O IBGE destacou ainda o expressivo movimento pendular entre municípios fluminenses: mais de 820 mil pessoas têm empregos fora da cidade onde moram. Muitas delas retornando para sua residência ao menos três vezes por semana.

Pesquisa

O "Censo 2022 - Deslocamento para Trabalho e para Estudo" mostra como os brasileiros se deslocam para trabalhar e estudar.

O estudo complementa os resultados já divulgados do Censo Demográfico 2022 e oferece uma visão geral sobre a mobilidade da população — ou seja, sobre as pessoas que precisam sair de casa diariamente para exercer sua profissão ou frequentar a escola ou universidade.

Os resultados contemplam os recortes Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação, Concentrações Urbanas, Regiões Geográficas Intermediárias, Regiões Geográficas Imediatas e Municípios, e estão desagregados segundo a cor ou raça, o sexo, a renda e o grau de escolaridade.

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