Por unanimidade, Primeira Turma do STF mantém prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
Ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia acompanharam o voto do relator, Alexandre de Moraes
Jair Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde agosto
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Foto: Reprodução/Fabio Rodrigues-Pozzebom (Agência Brasil)
Nesta segunda-feira, 24, os quatro ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram para manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os votos tinham até as 20h para serem registrados, mas já na parte da manhã referendaram a decisão de Alexandre de Moraes, relator do caso.
O próprio Alexandre foi o primeiro a reafirmar a decisão de converter as medidas cautelares, já impostas a Jair Bolsonaro, em prisão preventiva.
O ministro Flávio Dino foi o segundo e Cristiano Zanin o terceiro a registrar seu posicionamento como membro da Primeira Turma.
A ministra Cármen Lúcia foi a última a se manifestar e também acompanhou o relator com seu voto.
No sábado, 22, o ministro do STF Alexandre de Moraes decretou a prisão do ex-presidente, no âmbito da petição 14.129, após a Polícia Federal (PF) apontar risco de fuga.
A decisão, no entanto, deveria ser referendada pela Primeira Turma, em sessão virtual extraordinária nesta segunda-feira, o que já ocorreu.
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A decisão
Segundo o relator do caso, houve violação do equipamento eletrônico (tornozeleira), à 0h08 de sábado, 22, por parte de Bolsonaro, que estava em prisão domiciliar desde agosto.
Em vídeo, divulgado pelo STF, o ex-presidente afirmou que tentou usar ferro de solda no equipamento.
Ex-presidente afirmou que usou ferro de solda na tornozeleira eletrônica | Foto: Reprodução/STF
O ministro Alexandre de Moraes ainda detalhou na decisão que a "Diretoria de Inteligência Policial identificou acontecimentos com potencial de prejudicar o cumprimento" das medidas judiciais atribuídas a Jair Bolsonaro.
Nesse caso, a Polícia Judiciária informou que uma vigília, nas proximidades da residência de Bolsonaro, teria sido convocada para o sábado, 22, em apoio ao ex-presidente.
No documento, Moraes relata a possibilidade de o ato tomar grande dimensão:
Tal fato tem o condão de gerar um grave dano à ordem pública, podendo inclusive inviabilizar o cumprimento de eventuais medidas em decorrência do trânsito em julgado da ação penal 2.668/DF, ou exigir o indesejável emprego de medidas coercitivas pelas forças de segurança pública para o seu cumprimento, colocando em risco a segurança de moradores do condomínio de residência e imediações, apoiadores, policiais designados para a missão e até mesmo o condenado e seus familiares.
Além disso, o relator apontou a possibilidade de deslocamento para embaixadas próximas à residência.
Ele citou, ainda, a recente fuga de outros réus e aliados políticos, indicando a adoção de estratégia semelhante por outros integrantes do mesmo núcleo investigado.
A decisão de Alexandre de Moraes determinou o cumprimento do mandado de prisão pela Polícia Federal no período da manhã do dia 22 de novembro, sem algemas e sem exposição midiática.
O ex-presidente foi levado para a Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal.
A audiência de custódia ocorreu no domingo, 23.
No documento, também foi determinado: atendimento médico permanente a Bolsonaro e necessidade de autorização prévia do STF para quaisquer visitas, exceto advogados e equipe médica.
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