Estado do Rio não tem municípios com alto nível de desenvolvimento socioeconômico, segundo a Firjan
Dados divulgados mostram ranking nacional; veja a posição das cidades das regiões Serrana e dos Lagos
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Um levantamento do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) apontou que nenhuma das 92 cidades do estado do Rio de Janeiro atingiu grau de desenvolvimento alto, o mais elevado dos quatro níveis dentro do índice, divulgado nessa quinta-feira, 8, pela entidade.
Pelos critérios da pesquisa, para chegar a essa classificação, o estudo, que tem como base exclusivamente estatísticas públicas oficiais, analisa três áreas fundamentais ao desenvolvimento dos municípios: Saúde, Educação e geração de Emprego & Renda.
Apesar do avanço das cidades brasileiras na última década, o IFDM aponta que 47,3% (2.625) ainda têm desenvolvimento socioeconômico baixo (2.376) ou crítico (249). São 57 milhões de pessoas vivendo nessa situação.
Os municípios com desenvolvimento moderado são 48,1% (2.669) e aqueles com alto nível são apenas 4,6% (256).
Elaborado pela Firjan com base em dados oficiais de 2023, esta edição do IFDM analisou 5.550 cidades, que respondem por 99,96% da população brasielira.
O presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, ressalta, que através do IFDM é possível chamar a atenção para a situação crítica de muitos locais, que sequer têm quantidade razoável de médicos para atender a população.
Em outros, a diversidade econômica é tão baixa que 7 em cada 10 empregos formais são na administração pública:
É inadmissível que ainda hoje, apesar da melhoria nos últimos anos, a gente tenha um Brasil tão desigual. Nossos cálculos indicam que as cidades críticas têm, em média, mais de duas décadas de atraso em relação as mais desenvolvidas do país. É como se parte dos brasileiros ainda estivesse vivendo no século passado.
A análise mostra que 99% dos municípios registraram avanço no índice geral entre 2013 e 2023. Com isso, a pontuação média brasileira no estudo é de 0,6067, referente a desenvolvimento moderado.
O IFDM varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento socioeconômico. Com o objetivo de estabelecer valores de referência que facilitem a análise, o estudo adota quatro faixas classificatórias:
Municípios com IFDM entre 0,0 e 0,4: Desenvolvimento Crítico;
Municípios com IFDM entre 0,4 e 0,6: Desenvolvimento Baixo;
Municípios com IFDM entre 0,6 e 0,8: Desenvolvimento Moderado;
Municípios com IFDM entre 0,8 e 1,0: Desenvolvimento Alto.
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Na Região Serrana do Rio, o estudo revela que Petrópolis e Teresópolis estão entre as 10 cidades com melhores indicadores de desenvolvimento socioeconômico do estado, ocupando as 7ª e 9ª posições, respectivamente.
Pela serra fluminense, entre 2013 e 2023, houve evolução nos indicadores de Saúde, Educação e Emprego & Renda, no entanto, as cidades da região se dividiram entre Desenvolvimento Moderado e Baixo.
Estão classificados com Desenvolvimento Moderado: Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Cordeiro, Carmo, Macuco e Cantagalo. O restante dos municípios na serra estão com Desenvolvimento Baixo pelo estudo.
A Região Serrana alcançou o 4º maior IFDM médio do estado (0,6222), valor próximo da média dos municípios fluminenses (0,6224). Confira o ranking das cidades serranas abaixo:
Região Serrana alcançou o 4º maior IFDM médio do estado (0,6222) | Foto: Divulgação/Firjan
Armação de Búzios figura no topo do ranking das dez cidades da Região dos Lagos e Baixada Litorânea. O município também apresentou melhora no posicionamento estadual, subindo da 24ª para a 12ª colocação entre os municípios fluminenses.
A recente análise aponta que, ainda com evolução nos indicadores de Educação, Saúde e Emprego & Renda, a cidade apresenta Desenvolvimento Moderado, assim como a maioria dos municípios da região. A exceção é São Pedro da Aldeia, que teve classificação de Desenvolvimento Baixo.
Confira o ranking dessas cidades abaixo:
Região dos Lagos e Baixada Litorânea tem Armação de Búzios no topo do ranking das dez melhores cidades | Foto: Divulgação/Firjan
Atualizada em 2025, a metodologia retrata com mais precisão a realidade brasileira, contemplando problemas históricos e novos desafios emergentes. Foram revisados parâmetros, peso dos indicadores e metas, explicou a entidade em nota.
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