Ministério Público do Rio faz ‘Operação Stone’ contra traficantes em Teresópolis
Aumento de confrontos armados com a polícia e grandes apreensões de crack estão relacionados com o crime no Rio
A Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio (MPRJ), realizam nesta sexta, dia 13, a ‘Operação Stone’ em Teresópolis, na Região Serrana do Rio.
O objetivo é cumprir 13 mandados de prisão preventiva e outros 13 de busca e apreensão contra traficantes de drogas do Complexo PPR, formado pelas comunidades do Perpétuo, Pimentel e Rosário.
Imagens de prisões foram divulgadas pelo Ministério Público.
Pela primeira vez em uma investigação do Gaeco/MPRJ, foram utilizados drones para identificar os criminosos e os delitos cometidos por eles nas comunidades citadas.
Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Teresópolis e a operação está sendo realizada com o apoio da Polícia Militar, Polícia Civil e a Polícia Rodoviária Federal.
Desses 13 mandados, seis traficantes já estavam na cadeia, ainda segundo o MPRJ.
Na manhã desta sexta, mais seis traficantes foram presos. Entre os detidos estão duas mulheres (uma delas já usava tornozeleira eletrônica).
Uma das mulheres presas estava com tornozeleira eletrônica | Foto: Divulgação/MPRJ
Ainda durante a operação, drogas foram apreendidas no bairro Perpétuo, com o auxílio de um cão da Guarda Municipal de Teresópolis.
Até a manhã desta sexta, uma pessoa ainda continuava foragida.
As investigações apontaram que um traficante conhecido como ‘Cavalo’, chefe de uma facção criminosa em Teresópolis, mesmo preso no Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio, mantinha o controle, domínio e liderança das atividades do grupo na cidade.
Ele é acusado ainda de estabelecer, de dentro do presídio, novas conexões para a expansão do domínio territorial da facção. Investigações apontam que o traficante faz, inclusive, uma parceria e cooperava com integrantes de grupos no Complexo da Penha.
Depoimentos colhidos mostram que criminosos da Penha, além de serem responsáveis pelo transporte de drogas e armas para Teresópolis, estavam treinando os traficantes do município.
No Complexo PPR, na cidade serrana, o número de confrontos armados com a polícia teve um aumento significativo, além das fartas apreensões de crack, que giraram em torno de 200 mil pedras, durante o ano de 2022.
“A violência empregada pelos integrantes do Comando Vermelho contra as forças de segurança ainda ficou mais evidenciada a partir de evento ocorrido no dia 18 de maio de 2022, quando três equipes de policiais militares se dirigiram à comunidade do Perpétuo, com o intuito de apurar denúncia sobre a existência de elementos armados e, em plena luz do dia, foram recebidos a tiros, tendo um policial militar sido baleado”, diz um dos trechos da denúncia.
Desta forma, a pedido do Gaeco/MPRJ, a Justiça determinou que ‘Cavalo’ seja transferido para um presídio federal, fora do estado do Rio de Janeiro, e colocado sob o regime disciplinar diferenciado, que prevê a permanência do presidiário em cela individual, com limitações ao direito de visita e ao direito de saída da cela.
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