Por que as borboletas aparecem em maior número no verão?
Algumas espécies de borboletas são agentes de polinização de algumas plantas
13/02/19 - 10:54
Culturalmente, a borboleta é inspiração para obras de artes, literatura, moda e objetos de decoração pelo seu colorido, leveza e, simbolicamente, por significar transformação. E, nesta época do ano, quem anda próximo às matas e cachoeiras, na natureza, deve estar percebendo um maior número de borboletas amarelas, brancas, azuis e multicoloridas bailando pelo céu, paradas em poças d’água ou às margens de algum rio.
Segundo o biólogo Péricles Muniz Brito, a proliferação de borboletas no verão ocorre em decorrência do calor: “com as altas temperaturas, acima de 20C°, os insetos se reproduzem com mais intensidade. As borboletas são parentes das mariposas, e, no calor, aumenta a quantidade de insetos em geral.”, explica.
O tempo de vida das borboletas varia de acordo com a espécie. Em média, vivem duas semanas e seu ciclo de vida divide-se em ovo, larva, pupa e imago, que é a fase adulta. Algumas se alimentam do néctar das flores e outras de pólen, frutas podres, esterco dos animais e seiva das árvores.
“Quando você vê as borboletas às margens de rios ou poças é porque estão sugando sais minerais que se acumulam com a evaporação da água.”, diz Péricles.
Algumas espécies de borboletas são agentes de polinização de algumas plantas e as lagartas de outras comem insetos nefastos. Mas também há espécies que são consideradas pestes, pois, enquanto larvas, podem até danificar árvores e plantações.
Péricles Brito conta que, no ano retrasado, foram registradas duas novas espécies desse belo inseto no Rio de Janeiro, da família Riodinidae A Semomesia Geminus, conhecida no Espírito Santo, Minas Gerais e Pernambuco. E a Calospila Parthaon, que era conhecida apenas da região Amazônica e referenciada na Bahia. As espécies foram documentadas por meio de fotografia digital, nas trilhas da Reserva Ecológica Guapiaçu – Régua, em Cachoeiras de Macacu.