Lobo-guará encontrada em Cantagalo acende alerta para cuidados com animais silvestres
Animal foi encontrado na comunidade de Aldeia com ferimentos na orelha e encaminhado pelo Corpo de Bombeiros para atendimento veterinário
04/11/19 - 12:15
Na última sexta-feira, dia 1º de novembro, uma visitante imprevisível apareceu no município de Cantagalo, na Região Serrana do Rio. Uma fêmea de lobo-guará, que é considerada a maior espécie de canídeo das Américas, foi encontrada machucada na comunidade de Aldeia e levada pelo Corpo de Bombeiros para atendimento por uma veterinária da região.
De acordo com o biólogo Francis Leandro, que é presidente da ONG SOS Vida Silvestre, que atua em toda a região, essa espécie é comum de ser encontrada em cidades de Minas Gerais, que fazem fronteira com o estado do Rio, ou próximas ao estado.
“Era uma-lobo guará fêmea, de porte médio, e provavelmente chegou até a nossa região enquanto fugia de alguma queimada que pode ter acontecido em seu habitat natural. Ela chegou com ferimentos na orelha e muito magra, logo foi encaminhada para uma veterinária local, que realizou o atendimento”, conta o biólogo.
A Região Serrana do Rio de Janeiro é cercada de Mata Atlântica, um dos principais biomas de floresta tropical do Brasil. O bioma possui cerca de 35% da biodiversidade vegetal do país, além de mais de 1.900 espécies de aves, anfíbios, répteis, peixes e mamíferos, de acordo com informações do Ministério do Meio Ambiente.
Animais silvestres como cachorros do mato, tatus, quatis, pacas, cotias e gambás são comuns de serem encontrados, não só em ambientes de natureza, mas também circulando nas ruas, especialmente nas áreas rurais, e, principalmente, em rodovias. E se você encontrar algum desses por aí, sabe o que fazer?
“Animais silvestres, normalmente migram em busca de água, alimentos, acasalamento, então é normal a presença deles nas estradas, ou dentro de propriedades, fazendas e sítios. Mas quando é o caso de o animal estar machucado, ou até morto, pedimos que entre direto em contato com o Corpo de Bombeiros, com a Polícia Ambiental ou até com a Secretaria de Meio Ambiente da cidade em que você está”, explica o biólogo.