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Índio da Costa: “Roubaram em tudo. Eles não deixaram pedra sobre pedra”

Candidato ao Governo do Rio de Janeiro pelo PSD, Índio da Costa quer evitar os desvios de recursos, critica atual grupo que está no poder e garante priorizar a segurança pública

Por Matheus Oliveira
17/08/18 - 17:00
Índio da Costa: “Roubaram em tudo. Eles não deixaram pedra sobre pedra” Índio da Costa disputa o principal cargo do estado do Rio pela primeira vez em sua carreira política. | Foto: Divulgação/Alessandro Costa

Como forma de contribuir para o debate de ideias e propostas, e ajudar o eleitor fluminense a definir seu voto, o Portal Multiplix abre espaço para entrevistas com os candidatos a governador do estado do Rio de Janeiro. As entrevistas serão divididas sempre em duas publicações.

Prioridade na Segurança Pública para permitir o funcionamento da Saúde e da Educação, além de enxugar a máquina pública, investir na economia da Região Serrana, buscando evitar os desvios ocorridos no governo anterior, que ele cita da seguinte maneira: “Roubaram em tudo. Eles não deixaram pedra sobre pedra. Não tinha um negócio que fosse feito no estado do Rio de Janeiro que não se ganhasse um pedaço de propina”. Assim, o candidato ao Governo do Estado do Rio pelo PSD, Índio da Costa, 47 anos, pretende recuperar a unidade fluminense do momento conturbado atual.

O carioca Índio da Costa é formado em direito pela Universidade Candido Mendes e pós-graduando em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele possui experiência na administração de bairros da capital como Copacabana e Leme, entre 94 e 96, na gestão de César Maia. Foi eleito vereador por três mandatos. Nesta época, o advogado assumiu a Secretaria Municipal de Administração em dois momentos, de agosto de 2001 a abril de 2004 e de janeiro de 2005 a abril de 2006.

No mesmo ano, foi eleito deputado federal e ficou conhecido como relator do Projeto da Lei da Ficha Limpa. Em 2010, foi candidato a vice-presidente na chapa encabeça por José Serra (PSDB-SP). No último pleito, foi reeleito como Deputado Federal. Em 2016, concorreu ao cargo de Prefeito do Rio. Nos últimos anos, atuou como Secretário Municipal de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação. Com experiência na administração pública, Índio não titubeia ao eleger sua prioridade, caso vença o pleito deste ano.

“A segurança pública será nossa prioridade absoluta. Sem segurança, todas as políticas públicas padecem. Sem segurança, as escolas não ensinam. Sem segurança, os hospitais não atendem. Sem segurança, ninguém investe; E não tem emprego. Segurança pública se faz com polícia e polícia com policiais. Isso é óbvio, mas o óbvio nunca prevaleceu na política de segurança pública do estado do Rio de Janeiro. Por aqui, se faz plano demais com polícia de menos. As polícias foram abandonadas. O crime perdeu o respeito e o medo da polícia: A farda e o distintivo passaram a ser símbolos do risco de morrer e não mais a certeza da prisão dos bandidos. Isso não se pode mais admitir”, destacou.

Saúde

“Na saúde, a falta de segurança adoece e leva as pessoas ao hospital. (...) A que ponto chegamos... Quando não é por bala perdida, acidente de trânsito, falta de segurança e de polícia, por outro lado leva à depressão, pressão alta, obesidade, angústia e ao estresse. Na saúde especificamente, o problema sério é de atendimento. As pessoas procuram os hospitais e não conseguem ser atendidas. É só visitar os hospitais e ver que falta equipamento, médico, enfermeiros e remédios. Será que não chegou a hora de pensar que é muita gente no hospital para pouco recurso? Quando eu raciocino desta maneira eu chego à seguinte conclusão: será que não temos uma forma de evitar que as pessoas adoeçam? Desta forma, eu chego na segurança pública. Hospitais estão abarrotados de gente porque falta política de saúde e de prevenção. Se eu tiver prevenção na saúde e a principal delas é a segurança pública, é absolutamente possível melhorar e mesmo resolver o problema do atendimento nos hospitais. Aí, em seguida, quando eu conseguir suprir esta ansiedade que as pessoas têm pelo atendimento, eu passo a uma segunda etapa, que é a de pensar numa saúde mais profunda”, complementou.

Habitação

Secretário de Urbanismo, Habitação e Infraestrutura em uma cidade repleta de pessoas em situação de rua e em um estado que sofre um colapso de moradias, fazendo os preços explodirem, Índio pretende enfrentar o problema oferecendo crédito no mercado e planejando uma política habitacional para os mais pobres.

“A falta de crédito e de uma política habitacional para os mais pobres ao longo de décadas levaram a esta situação de crescimento desordenado e favelização no estado do Rio. Como governador, vou procurar as prefeituras e coordenar uma política habitacional em que considere não apenas a moradia, mas todo um conjunto de infraestrutura e serviços, como a implantação de redes de água, esgoto, drenagem; e pavimentação. Vou buscar subsídios para que as famílias de baixa renda possam adquirir, construir ou melhorar a sua casa própria. Uma parcela significativa da população precisa de subsídio para aquisição da moradia. As famílias de baixa renda, que ganham pouco mais de um salário mínimo, precisam de créditos subsidiados. Vamos buscar viabilizar e desburocratizar o acesso a estes créditos. Vou incentivar a construção de habitação em áreas dotadas de infraestrutura e serviços porque não podemos desperdiçar o dinheiro público expandindo a mancha urbana de forma irresponsável. Vamos identificar vazios urbanos dotados de saneamento básico e equipamentos públicos como escolas, creches, hospitais e transporte já implantados”, revelou.

Máquina pública

O candidato do PSD ressaltou ainda que pretende cortar cargos comissionados do governo estadual e enxugar a máquina pública, reiterando ser essa, uma medida fundamental para garantir a governabilidade no Palácio Guanabara.

“Eu poderia fazer um discurso bonito e dizer vou cortar, vou fazer, nomear, diminuir 10 secretarias, 20 secretarias. Mas nem se trata de discurso bonito ou não. A questão é que, se eu não fizer isso, não vai ter governo. Quase 90% do que o Governo do Estado arrecada hoje é para pagar servidor público. Se não fizer uma revisão nessa máquina, não tem governo. Queira ou não, eu vou ter que fazer. Agora, existe a possibilidade de alguém assumir o governo e não fazer? Existe. Posso afirmar que o governador que não fizer isto quebra, é demagogia. Se eu não fizer, eu não governo. A máquina não tem como pagar 90% do que arrecada nisso”, ressalvou.

Regime de Recuperação Fiscal

Índio da Costa garantiu ainda que a entrada do Rio no Regime de Recuperação Fiscal foi a única saída para a crise, mas destaca que caso o atual grupo político que está no poder não desviasse recursos públicos, a situação poderia ser outra.

“Se a gente partir do princípio que não existe dinheiro para fazer nada, não existe governo e vamos viver disto. Só que eu tenho convicção absoluta que, se não roubar nem deixar que roubem, o governo do Rio é totalmente possível. E veja quanto roubaram neste estado! Não é brincadeira, não. Roubaram em tudo. Eles não deixaram pedra sobre pedra.  Não tinha um negócio que fosse feito no Estado do Rio de Janeiro que não se ganhasse um pedaço de propina. As Olimpíadas e a Copa vieram para cá para que o dinheiro fosse farto, para que eles, da turma do Sérgio Cabral, ganhassem dinheiro e um ano depois o estado quebrou. Houve um desperdício enorme”, destacou, citando na sequência.

“Fizeram obras que não tinham a menor necessidade. Tudo isto aconteceu com o dinheiro que a população entregou para ter segurança pública. Eu posso partir da premissa, sem entrar profundamente nos números, que se eu não roubar, se não deixar roubar, se não desperdiçar, eu vou ter algum dinheirinho, e este algum dinheirinho vai ser investido na segurança pública. Por quê? Porquê se eu garantir segurança pública, eu garanto escola, eu garanto hospital, eu garanto desenvolvimento econômico. Eu vou te dar um exemplo sobre desenvolvimento econômico. Quando fizeram a UPP, surgiu a percepção absoluta de segurança e a economia do estado explodiu, cresceu. Pena que a UPP era só uma fachada. Porque o conceito era bom, mas foi feito uso político dele”, declarou.

Confira a segunda parte da entrevista do candidato Índio da Costa, clicando aqui.


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