Fofos e delicados: Amigurumis estão cada vez mais na moda
Feitos com uma técnica de crochê, trabalhos são utilizados como decoração e brinquedos
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Fofos e delicados, os amigurumis estão na moda. Essa nova tendência de artesanato que une técnicas de crochê, é utilizada como decoração e Toy Art. Em Teresópolis e Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, os amigurumis fazem sucesso, já que servem para todas as idades e aparecem com estilos bastante diferentes.
Cada vez mais populares no Brasil, os amigurumis vieram do Japão. Ursos, flores, bonecos, santinhos, personagens, caricaturas e muitas outras versões, eles podem ser feitos em casa, desde que se tenha os materiais necessários para a produção.
Em Teresópolis, a designer industrial, Rachel Borges Tavares, produz os amigurumis há dois anos. Usa as técnicas de crochê que aprendeu com a mãe quando era criança. Após passar por uma fase de repouso, teve a inspiração de fazer os santinhos em crochê.
“Os amigurumis estão na moda, são uma febre. Podem ser usados tanto como brinquedos para crianças, como na decoração. Geralmente, quem gosta de amigurumis na decoração são pessoas que curtem Toy Art, os brinquedos de arte. Servem para todas as idades e estilos. Eles são lindos, fofinhos e feitos à mão. Essa pegada do artesanato, do "handmade", valorizando o artesão, veio de fora e parece que vai ficar. Com a pandemia e as pessoas ficando mais em casa, esse tipo de trabalho está em alta”, destacou Rachel.
Já em Nova Friburgo, a artesã Nathalia Louvise faz os amigurumis há quase cinco anos. Ela aprendeu a fazer quando a filha nasceu, para utilizar nas fotos mensais do crescimento da neném e para que pudesse brincar com eles.
A artesã Nathalia Louvise faz os amigurumis há quase cinco anos | Foto: Reprodução/Atelier Artesã Nathy
“Tenho versões que são chocalhos, bonecas, naves espaciais com alien que entra e sai da nave, naninhas e bonecos articulados. Com os amigurumis podemos criar qualquer coisa, então podemos fazer o brinquedo ou a decoração que a pessoa desejar. Eles atendem desde o bebê recém nascido, onde é muito indicado o uso de polvinhos newborn, que ajudam os bebês prematuros a se desenvolverem mais rápido, até os idosos que, normalmente, amam os santinhos e santinhas”, ressaltou.
E para quem acha que é difícil fazer os amigurumis, as artesãs afirmam que é possível aprender na internet com os tutoriais. Há também vídeos com novas técnicas e pontos básicos. Quem deseja se aprimorar, também pode fazer os cursos online que são oferecidos.
“É possível, sim, aprender sozinha. Praticamente tive que reaprender os pontos básicos, recorrendo a vídeo aulas e cursos online na internet. Ainda procuro muitas técnicas e novidades na internet”, disse Rachel. “Tem vários lugares que ensinam, do básico ao avançado. Basta dedicação e persistência, já que os melhores resultados são alcançados apenas com o tempo”, acrescentou Nathalia.
Com a pandemia da Covid-19, as vendas diminuíram, e no virtual elas ainda são lentas. Mas o período em casa ajudou a desenvolver mais técnicas e a encontrar outras receitas de amigurumis.
“A pandemia ajudou, porque as pessoas estão mais tempo em casa, navegando mais pela internet. O que impulsiona as vendas é essa movimentação na internet, mas é lenta, principalmente para quem quer que seu negócio cresça de maneira orgânica, sem apelar para os robores de engajamento ou pagar por anúncios. A produção na pandemia foi razoável, rendeu um extra sim, mas, por outro lado, prejudicou as vendas em lojas físicas. Independente da pandemia, é bom sempre procurar por receitas novas. É sempre bom o desafio”, frisou Rachel.
A artesã Nathalia também registrou vendas menores na pandemia, com uma produção mais lenta de amigurumis, ainda mais pela atenção que teve que dar à filha com as aulas online. Já em relação às ideias para os produtos, ela afirma que sempre tenta reproduzir a demanda que o cliente traz.
“Meu tempo para produção ficou menor e também está bem difícil de comprar material, pois não estão entregando em Friburgo. Quanto às receitas, a maior parte dos meus produtos é criação própria, então não demandam receita, mas quando pedem, especificamente, um trabalho de outro artesão, busco comprar a receita original para honrar o trabalho do próximo”, finalizou Nathalia.
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