Absorventes íntimos começam a ser distribuídos para alunas em idade menstrual em Nova Friburgo
Cerca de 1.350 estudantes receberão mensalmente o produto de higiene íntima na cidade
Começou neste mês a distribuição de absorventes íntimos a meninas em idade menstrual da Rede Municipal de Ensino de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio.
O anúncio foi feito por meio das redes sociais da prefeitura e informou que aproximadamente 1.350 estudantes receberão o produto de higiene íntima, inclusive as alunas da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Cada aluna vai ganhar mensalmente dois pacotes de absorventes, com oito unidades cada.
Nas farmácias, uma embalagem com a mesma quantidade de absorventes custa, em média, de R$ 3,50 a R$ 10.
Por meio de nota, a prefeitura respondeu que a aquisição foi realizada através de uma licitação:
A ata de contratação do fornecedor, obtido por meio da modalidade pregão eletrônico, tem validade de 12 meses, isto é, no próximo ano, uma nova licitação deverá ser realizada para uma nova contratação.
Em resposta aos questionamentos sobre o processo de compra desses produtos, o município disse que a aquisição foi realizada com recursos próprios no montante de R$ 60.220,80, sendo de R$ 1,80 o valor cotado para cada pacote de absorvente. A empresa ganhadora do certame foi a Medical Life Comércio Eireli.
Sobre o interesse de estender o projeto de distribuição de absorventes íntimos a mulheres em situação de pobreza menstrual, ainda não há informações oficiais da prefeitura.
Autoria de projeto virou polêmica
Em abril deste ano, o prefeito Johnny Maycon (Republicanos) anunciou por meio de um vídeo publicado em suas redes sociais que daria início à distribuição gratuita de absorventes íntimos a meninas da Rede Municipal de Ensino.
Segundo a postagem, o projeto foi elaborado pela secretária de Educação, Carolina Klein, que no vídeo afirmou que, no Brasil, cerca de 20% das jovens entre 14 e 24 anos já deixaram de frequentar a escola em algum momento por conta da falta de absorvente.
Na mesmo período, a origem da proposta foi questionada pela vereadora Maiara Felício (PT), que é autora de um projeto que também prevê a entrega nas escolas, aprovado por unanimidade na Câmara, em março.
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