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Nova Friburgo e Teresópolis têm quase mil artesãos cadastrados

Além de revelar características, costumes e tradições de uma região, o artesanato serve como fonte de renda

Por Sara Schuabb
19/03/19 - 11:25
Nova Friburgo e Teresópolis têm quase mil artesãos cadastrados Artesanatos da Casa do Artesão, no Pavilhão das Artes, no Cônego, em Nova Friburgo | Foto: Divulgação/Pavilhão das Artes

Dia 19 de março é dia homenagear os profissionais que atuam com a criatividade na criação de artefatos utilizando cerâmica, pedra, madeira, fibras, metal, dentre outras matérias primas, com as próprias mãos. É o Dia do Artesão. E, foi cerca de 6 mil anos a.C, no período Neolítico, que o homem se envolveu com a arte de polir a pedra, fabricar cerâmica e tecer fibras vegetais e animais. No Brasil, os índios são os mais antigos artesãos, com a produção artística de peças em cerâmicas e fibras, e de vestimentas e cocares feitos com penas e plumas de aves.

Artesã há 42 anos, a friburguense Susy Lemos, que trabalha há sete anos na Feira da Praça Getúlio Vargas vendendo toalhas personalizadas, com aplicação em bordado e lembrancinhas da cidade, diz ter começado no ramo fazendo crochê e bordado aos 18 anos. Quanto aos desafios para os profissionais em Nova Friburgo, ela destaca a falta de eventos que atraiam turistas. “Faltam atividades turísticas bem programadas na cidade, para movimentar o artesanato, como, por exemplo, ocorre em Teresópolis. Para quem vive só de artesanato, está muito complicado”, diz.

Segundo a Secretaria de Turismo de Nova Friburgo, atualmente há uma média de 400 artesãos cadastrados e cinco associações registradas que atuam no segmento. São elas: Economia Solidária, Friart, Feira da Associação de Artistas de Nova Friburgo (FAANF), com expositores na Praça Getúlio Vargas, a Associação dos Artesãos da Praça do Suspiro e os Artesãos do Lago de Lumiar.

Também há a Casa do Artesão, que fica no Pavilhão das Artes, no Cônego, e que dispõe atualmente de 96 expositores, tendo sido revitalizada recentemente para dar oportunidade para mais artesãos mostrarem seus trabalhos.

Teresópolis

Desde 2018, o coletivo Artesãos da Estrada, formado por empreendedores da região da Teresópolis-Friburgo, está em constante renovação, com a entrada de novos artesãos, agregando valor e diversidade. Um dos princípios que norteia o grupo é a utilização de técnicas sustentáveis, que pretende criar formas para o turista levar Teresópolis na bagagem, com mais significado do que simples souvenires.

A artesã de Teresópolis Dolores Montesó, do coletivo Artesãos da Estrada, faz bonecos de papel machê há 25 anos e diz que se descobriu como artesã desde sempre. “Isso virou minha paixão, faço fantoches, móbiles, bailarinas, trago a graça da arte circense para perto de mim e das pessoas que querem ter esse brilho por perto. O valor afetivo do artesanato é muito grande, meus clientes apreciam estar perto da arte como parte do alimento da alma. Essa, para mim, é minha missão.”

Cláudia Muniz, pedagoga e artesã, diz que nos 32 anos que trabalhou na área da educação, sempre procurou tempo vago entre as aulas para atuar no projeto Mãos que tecem, pois diz acreditar no poder do artesão. “Sempre fiz artesanato para presentear colegas. Um bebê que ia nascer, um idoso que precisava de um sapatinho. No ano passado, quando me inscrevi como artesã, participei de uma feira organizada pela prefeitura e, no momento em que me encontrei com mais de cem profissionais, percebi o poder que tínhamos. Artesanato é um dom, mas é também fonte de renda. O turista costuma valorizar mais nossos trabalhos do que os moradores locais”, diz.

Segundo a Secretaria de Cultura de Teresópolis, no município há 440 profissionais que exercem atividades no campo das Artes. “A ideia é que sempre estejam em nosso espaço, ao menos dois artesãos que trabalhem com técnicas diferentes”, comenta Mônica Deluqui, uma das organizadoras do coletivo. “Nos interessa este contato direto com o público, para divulgar e fortalecer a identidade cultural de nossa região”.

Diversidade

O artesanato brasileiro é considerado um dos mais ricos do mundo e garante o sustento de muitas famílias revelando usos, costumes, tradições e características de cada região. Pode ser erudito, popular, folclórico e manifestado de várias formas e com matérias-primas diversas.


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