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Atores sociais e suas expectativas quando o assunto é política cultural em Nova Friburgo

Presidente do Conselho Municipal, Jorge Ayer enumera as necessidades do setor

Por Matheus Oliveira
21/10/20 - 10:16
Atores sociais e suas expectativas quando o assunto é política cultural em Nova Friburgo Conselho municipal reforça a importância da ampliação do financiamento cultural | Reprodução/Portal Multiplix

Conhecida por sua rica história artística e cultural, Nova Friburgo sempre se destacou, no Brasil e no mundo, através dos talentos da terra em diversos setores. Por aqui, o que não falta é talento! Além de possuir diversos equipamentos para fomentar o setor, com seus atores e agentes sociais que lutam para ter demandas atendidas em todos os segmentosda área, especialmente para sobreviver em meio à pandemia. Isso é o que relata o presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais da cidade da Região Serrana, Jorge Ayer.

Jorge aponta que o Conselho de Políticas Culturais vem se reunindo para traçar um panorama atual do setor friburguense. Entre as demandas, apontadas estão:

  • Ampliação do financiamento da atividade cultural, através de aportes anuaisno Fundo Municipal de Cultura

  • Criação de circuitos culturais no município, permitindo a circulação de espetáculos e oficinas por toda a cidade

  • Envio imediato à Câmara Municipal, com indicação de aprovação, da Lei de Incentivo à Cultura, elaborada pelo Conselho de PolíticasCulturais; contratação por editais e chamadas públicas para os Festivais e outros eventos culturais da cidade; elaboração de um calendário cultural e a revitalização dos espaços culturais do município, em especial do Centro de Arte, Anfiteatro da Praça das Colônias, Teatro Municipal, entre outros.

  • Além disso, a ampliação da participação dos trabalhadores e trabalhadoras da Cultura nas instâncias de decisão dos processos culturais na cidade, especialmente na construção de Políticas Públicas e atividades de fomento.

De acordo com Jorge Ayer, o poder público pode, além de atender às demandas, realizar uma reforma na secretaria de cultura.

“Além do atendimento das demandas listadas na pergunta anterior, é urgente uma reforma da Secretaria de Cultura, devolvendo os cargos que foram tirados e construindo um corpo técnico fixo, tanto nas assessorias quanto nos espaços culturais, recuperando a capacidade operacional da Secretaria”, relata Jorge.

Questionado sobre a Oficina Escola de Artes, Jorge revelou que a instituição pediu a inclusão da Oficina na Lei orgânica e foi atendida pelo Legislativo.

“Entendemos que é um projeto generoso (eu mesmo dei aulas lá de 2013 a 2018) e que precisa ser resgatado. No momento, ocupa um espaço inadequado e com problemas estruturais sérios, além de ter sofrido uma enorme redução na sua capacidade de atendimento à população, não só pela redução do seu espaço físico, mas, principalmente, pela diminuição do quadro de professores”, declara.

Jorge ainda indica que o Conselho de Políticas Culturais espera que mais espaços da cidade se tornem pontos de cultura.

Para concluir, Jorge Ayerindica que os artistas e produtores locais vão ter prioridade na cessão de pauta do espaço do Centro de Artedoado recentemente à Fundação Dom João VI.

“Em relação ao Centro de Arte é necessário, em primeiro lugar, que o espaço seja finalizado e entregue à cidade e aos artistas o mais rápido possível, com equipamentos de luz, som e audiovisual novos e adequados às necessidades dos espetáculos e com um projeto que permita a sustentabilidade financeira das produções. Estamos aguardando o envio do novo projeto para o Teatro, já que o primeiro projeto apresentado foi refutado pela comunidade artística, já que inviabilizava financeiramente as produções”, declara.

O Centro de Arte foi fundado em 1961, pelo Prefeito Amâncio Azevedo, com projeto de engenharia de Heródoto Bento de Mello, para abrigar, a princípio, um clube de fotografia. Com o passar dos anos tornou-se o mais emblemático espaço cultural de Nova Friburgo, acolhendo cerca de 11 grupos de teatro amador, e recebendo oficinas artísticas e exposições de artes plásticas a partir dos anos de 1970. Seu teatro, com 100 poltronas, foi destruído na tragédia climática de 2011 e suas dependências comprometidas com infestação de cupim. Desde 2012 encontra-se fechado e foi doado para a Fundação D. João VI, no apagar das luzes do Governo Rogério Cabral, em 2016.

“Depois de entregue o espaço, temos que garantir a transparência dos processos de cessão de uso das galerias, salas e teatro aos artistas locais, através de uma Comissão de Seleção (com a participação do Conselho de Cultura e/ou dos artistas) e de editais/chamadas públicas que garantam a transparência da seleção e a ampla publicidade das decisões da Comissão de Seleção, para que todos possam saber os critérios utilizados e as justificativas para eventuais recusas”, finaliza.

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