Tendência em todo o país: levantamento do IBGE aponta que população está mais velha

A população brasileira está mais velha. A tendência foi revelada recentemente através de um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (Pnad), o grupo acima dos 65 anos saltou de 7,7%, em 2021, para 10,2% no ano passado. O Brasil tem, pela primeira vez, mais de 55% da população acima dos 30 anos.

Em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, os idosos participam de alguns programas socioassistenciais, com atividades de convivência e de acolhimento. A Secretaria Municipal de Assistência Social informou que há concessão de benefícios, segundo as necessidades apresentadas pela pessoa idosa. O secretário Yuri Guimarães explica:

Atualmente cerca de 1.159 pessoas idosas recebem um salário mínimo nacional, mensalmente, referente ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), de transferência de renda diretamente ao beneficiário Isso foi feito através do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadúnico) realizado nos Centros de Referência de Assistência Social.

As formas de acesso para atendimentos aos idosos são feitas pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras), pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e pelo Centro de Convivência para Pessoa Idosa, o espaço foi reinaugurado no mês passado, após a interrupção das atividades por causa da Covid-19.

Yuri Guimarães disse que o Centro de Referência da Pessoa Idosa de Nova Friburgo já cadastrou 400 idosos neste ano.

Além disso, existem parcerias das entidades não governamentais, prestadoras de serviços, que oferecem acolhimento para os idosos que não dispõem de rede familiar ou comunitária de apoio e que necessitam de um acolhimento institucional. O secretário de Assistência Social de Nova Friburgo, complementa:

A partir das demandas apresentadas, as equipes de referência realizam os encaminhamentos para a rede socioassistencial, para que as pessoas idosas possam ter acesso aos serviços, programas, projetos e benefícios, de acordo com a disponibilidade.

Centro de Convivência para Pessoa Idosa foi reinaugurado em junho | Foto: Divulgação/Prefeitura de Nova Friburgo

Enquanto o número de pessoas idosas aumenta a estatística nessa faixa etária em todo o país, como constatou o IBGE, os dados mostram que o número de pessoas com menos de 30 anos diminuiu de 2012 para 2021. A pesquisa revelou que os mais velhos ganharam espaço: o índice de pessoas com mais de 30 anos bateu um recorde em 2021, chegando a 56,1% dos 212,7 milhões de brasileiros.

População mais jovem é menor

Em 2012, quase metade da população (49,9%) tinha menos de 30 anos, taxa que caiu para 43,9% no ano passado, cerca de 92,7 milhões de pessoas. Num dos trechos da pesquisa, o IBGE destaca:

Estima-se que, entre 2012 e 2021, a população com menos de 30 anos de idade tenha apresentado não apenas uma redução de sua participação na população total, mas também uma variação negativa em termos absolutos, com queda de 5,4% do total de pessoas nessa faixa etária.

A população de 30 anos ou mais registrou crescimento nessa década analisada pelo IBGE, chegando a 119 milhões de brasileiros. A parcela de pessoas com 60 anos ou mais de idade aponta um crescimento de quase 40%.

Em 2021, esse grupo representou cerca de 14,7% da população nacional. Há dez anos, era 11,3%. A quantidade de pessoas nessa faixa etária cresceu neste período, exatos 39,8%, segundo o IBGE.

A análise da estrutura etária da população residente e a participação percentual de cada grupo etário por sexo, em 2012 e 2021, confirma o alargamento do topo e o estreitamento da base dessa estrutura, evidenciando a tendência de envelhecimento populacional.

Crescimento da população

Segundo os dados do IBGE, a população do país teve uma alta de 7,6% nesse período de 10 anos: saltou de 197,7 milhões, em 2012, para 212,7 milhões em 2021.

O Sudeste segue como a região mais populosa, com 42,1%, um aumento de 7,3% no contingente em relação a 2012.

O IBGE indica ainda que as estimativas não incorporaram os impactos da pandemia de Covid-19, que causou um aumento nas mortes e uma redução nos nascimentos. Por isso, o órgão contará com o próximo censo.

Para atualizar as projeções, a nova pesquisa começará a ser feita no mês de agosto.

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