Moda íntima: existe relação entre a autoestima da mulher e as peças de lingerie?
Estilista e psicóloga concordam que peças fazem diferença na autoestima feminina
Sutiãs de bojo, meia taça, calcinhas fio dental ou estilo sunga, com ou sem costura. Bodys estampados ou pretinhos-básicos, conjuntinhos de renda, algodão ou poliéster. Não é uma surpresa que o segmento da moda íntima já ocupa um espaço próprio no mercado, e que as lingeries exercem, cada dia mais, um papel importante na autoestima das mulheres.
No dia a dia, as mulheres se desdobram nas personagens de mãe, trabalhadora, dona de casa, amiga e, segundo a psicóloga Nicolle Sampaio, as lingeries contribuem para que essas personagens percebam que, além de todas essas funções, também são dotadas de beleza e sensualidade.
“Assim como as roupas, as lingeries que usamos são uma forma de expressão de quem somos, do que gostamos e, principalmente, do nosso autocuidado. As lingeries desempenham um papel importante na relação de cuidado que temos com nosso corpo. Em geral, só cuidamos do que gostamos e as peças íntimas podem auxiliar no processo de aceitação e admiração de nós mesmos”, explica a psicóloga, que concorda haver relação entre a autoestima feminina e as peças íntimas.
O município de Nova Friburgo, na Região Serrana, é conhecido por ser a capital da moda íntima do estado do Rio de Janeiro. Na cidade, existe um polo com mais de 1.000 confecções, concentradas, em sua maioria, nos bairros de Olaria e da Ponte da Saudade. Cerca de 20 mil postos de trabalho, diretos e indiretos, são gerados pelo Polo de Moda Íntima, segundo informações divulgadas pelo Sindicato das Indústrias do Vestuário de Nova Friburgo e Região (Sindvest).
A consultora de moda, Paloma Loretti, trabalha no ramo da moda íntima, em Nova Friburgo, e acredita que as peças, quando bem escolhidas e projetadas, podem favorecer muito a elevação da autoestima e da autoconfiança das mulheres, não só por se sentirem mais bonitas, mas, também, por perceberem o lugar que ocupam na sociedade.
“A moda íntima é a forma como a mulher demonstra o amor próprio. É a segunda pele, a maneira que a gente se comunica com nosso corpo. Na lingerie fashion, na lingerie básica funcional, na lingerie sem costura e até na modeladora, a mulher tem a sensação direta do amor próprio que tem com o corpo e como o apresenta. Acredito muito que preenchendo essas dúvidas e ocupando esse espaço, as mulheres atuais sentem -se ainda mais seguras com relação à figura e ao papel importante que têm no comportamento da sociedade.
A psicóloga Nicolle complementa a fala da consultora de moda e mostra que toda mulher pode, sim, se sentir especial, segura e confortável, todos os dias.
“A indústria da moda íntima oferece diversas opções de modelos. A escolha certa das peças para cada tipo de corpo evidencia a beleza individual, mostrando à mulher que ela não precisa se encaixar em nenhum padrão para ser bonita e sensual. Além disso, a variedade de modelos permite também que nos sintamos mais seguras e confortáveis no dia-a-dia”, finaliza.