Secretário Estadual de Educação é preso nesta sexta-feira
Pedro Fernandes estava em sua casa na Barra da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro, e é alvo de operação da polícia
Pedro Fernandes está a frente da gestão da Seeduc desde o início do governo Witzel
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Foto: Reprodução/Lucas Mortiz (Alerj)
O secretário estadual de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes, foi preso na manhã desta sexta-feira, 11, suspeito de chefiar um esquema de corrupção.
Ele estava em sua casa na Barra da Tijuca, na zona oeste da capital do estado.
Agentes da polícia estiveram no local para cumprir a ação, que faz parte da segunda fase da Operação Catarata, deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria Especializada de Justiça de Investigação Penal, e a Polícia Civil do Estado. São investigados supostos desvios em contratos de assistência social.
De acordo com as informações do MPRJ e da Pcerj, as investigações detectaram a ocorrência de fraudes em quatro Pregões Eletrônicos, ocorridos nos anos de 2015 a 2018, na Fundação Estadual Leão XIII. Foram constatadas "fraudes em diversos outros projetos sociais assistenciais executados pela organização criminosa, entre os anos de 2013 e de 2018". O esquema pode ter desviado cerca de R$ 118 milhões dos cofres públicos.
A Polícia Civil e o Ministério Público já haviam prendido sete pessoas suspeitas de fraudar licitações da Fundação, em julho do ano passado. Pedro era presidente da instituição, que é subordinada à vice-governadoria do estado, atendendo a população de baixa renda e em situação de rua.
Ainda segundo a polícia, as investigações incluem as secretarias municipais de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida e a de Proteção à Pessoa com Deficiência do Rio de Janeiro.
O gestor da pasta estadual alegou estar com Covid-19. Pedro teria mostrado o exame para os agentes e, por isso, vai ficar em prisão domiciliar.
Pedro Fernandes está à frente da Seeduc desde o início do governo Witzel, em janeiro de 2019. Ele concorreu a governador do Rio nas eleições de 2018 e está na política desde 2007.
Em nota ao Portal Multiplix, a assessoria de Pedro Fernandes informou que ele "ficou indignado com a ordem de prisão. O advogado dele vinha pedindo acesso ao processo desde o final de julho, mas não conseguiu. A defesa colocou Pedro à disposição das autoridades para esclarecimentos na oportunidade. No entanto, ele nunca foi ouvido e só soube pela imprensa de que estava sendo investigado por algo que ainda não tem certeza do que é. Pedro confia que tudo será esclarecido o mais rápido possível e a inocência dele provada."
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