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Mais da metade dos casos de câncer podem ser explicados por 'guardiã do genoma', mostram cientistas da UFRJ

A descoberta da origem da doença pode ajudar, agora, no diagnóstico e no tratamento

Por Redação Multiplix
09/06/21 - 12:46
Mais da metade dos casos de câncer podem ser explicados por 'guardiã do genoma', mostram cientistas da UFRJ Proteína chamada P53, uma das mais essenciais do organismo, considerada uma guardiã do genoma | Foto: Divulgação

Notícia boa na ciência brasileira: um grupo de cientistas da UFRJ descobriu um fenômeno relacionado ao surgimento de mais da metade dos casos de câncer no mundo.

São alterações numa proteína chamada P53, uma das mais essenciais do organismo, considerada uma guardiã do genoma. Trata-se de uma pesquisa básica, mas abre novas vias para o diagnóstico e o tratamento do câncer.

Desde o início de 2003, o grupo está estudando a proteína que evita a multiplicação descontrolada de células doentes, que é o que acontece na formação dos tumores. Quando a proteína sofre alguma alteração, ela perde essa função e permite o surgimento do câncer.

O estudo, financiado pela Faperj e o CNPq, é resultado de anos de trabalho. Para Jerson Lima Silva, professor titular do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis e do Centro Nacional de Biologia Estrutural e Bioimagem da UFRJ, “ É muito difícil trabalhar com a P53 porque ela está envolvida em centenas de processos fundamentais de nosso corpo. Essa proteína é um verdadeiro caso de médico que se transforma em monstro por alterações muito sutis. Mas, seja para o bem ou para mal, ela é fundamental.”

O estudo prossegue, mas o cientista explica que um de seus desdobramentos é permitir um prognóstico mais acurado do câncer, por meio da análise dos aglomerados. Outro é encontrar drogas que evitem os aglomerados. Segundo ele, existem substâncias que impedem a agregação da P53. Outras podem desfazer os agregados.

— Precisamos entender como acabar com os agregados sem interferir em outras funções da P53. Acreditamos que é possível e representa um caminho promissor, contra o câncer e também para o tratamento de doenças neurodegenerativas — diz o cientista.

Por sua relevância na compreensão dos mecanismos do câncer, o estudo mereceu a capa da edição mais recente da revista Chemical Science, referência na área de química aplicada à biologia e à medicina e publicada pela Royal Society of Chemistry, do Reino Unido.

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