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Histoplasmose em Friburgo: 16 casos são confirmados e outros 20 permanecem suspeitos

Secretaria Municipal de Saúde aguarda os resultados de todos os exames; entenda mais sobre a doença

Por Nai Frossard
24/10/22 - 12:03
Histoplasmose em Friburgo: 16 casos são confirmados e outros 20 permanecem suspeitos Antigo orfanato na Chácara do Paraíso está interditado | Foto: Dhiógenes Hendrix

A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, confirmou 16 casos de histoplasmose na cidade. Outros 20 pacientes com suspeita da doença aguardam os resultados dos exames.

Três pessoas ainda estão internadas em hospitais do município (público e privado), de acordo com a última atualização sobre a doença feita pela prefeitura. O diagnóstico e confirmação dos casos são feitos pela Secretaria de Estado de Saúde.

Depois do surgimento de dezenas de registros da histoplasmose em Friburgo, uma pergunta se tornou comum na cidade: afinal, que doença é essa?

A histoplasmose, de acordo com as informações da Fiocruz, é uma infecção fúngica sistêmica que pode se apresentar desde uma infecção assintomática até a forma de doença disseminada, com risco de óbito.

A Secretaria Municipal de Saúde esclareceu que os exames foram coletados e realizados no Lacen, laboratório de referência do Estado. Enquanto todos os resultados não chegam, a Subsecretaria de Vigilância em Saúde, através dos agentes, está presente na localidade fazendo ações de orientação e realizando a busca ativa de outros possíveis casos.

Todas as pessoas com suspeita da doença participaram de uma ação de limpeza de um antigo orfanato na Chácara do Paraíso - que segue interditado desde a visita das equipes da Vigilância estadual e municipal. No momento, a Secretaria Municipal de Saúde aguarda um parecer estadual e orientação para definir os próximos passos.

Na quinta-feira, 13, equipes foram até o local para inspecionar e coletar amostras. Na sexta, 14, os profissionais inutilizaram as caixas d'águas e interditaram o estabelecimento. A secretaria orientou que as pessoas que apresentarem sintomas devem procurar a unidade de saúde Silvio Henrique Braune, no centro da cidade.

Pessoas com suspeita da doença participaram de uma ação de limpeza no antigo orfanatoPessoas com suspeita da doença participaram de uma ação de limpeza no antigo orfanato | Foto: Dhiógenes Hendrix

Saiba mais sobre a histoplasmose

A doença é causada por fungos dimórficos da espécie Histoplasma capsulatum. Os indivíduos geralmente adquirem a infecção pela inalação de partículas infectantes do fungo decorrente do manuseio do solo, frutas secas e cereais e nas árvores, de acordo com os dados da Fiocruz encaminhados para o Portal Multiplix.

O fungo também é isolado nos excrementos de morcegos e aves, como galinhas. Outras espécies animais podem se infectar com H. capsulatum, como cães, gatos, cavalos, bovinos, suínos, roedores e marsupiais, entre outros.

Transmissão e sintomas

Não há transmissão de homem a homem, nem de animais para o homem. Como o fungo está disperso na natureza, os trabalhadores rurais constituem o principal grupo de risco, visto à sua exposição no meio ambiente.

As manifestações clínicas da histoplasmose dependem do estado imunológico do indivíduo, da virulência da cepa e do tamanho do inóculo. Os sintomas incluem febre, calafrios, tosse seca, fraqueza, perda de peso, dor de cabeça e dores musculares.

O indivíduo doente ainda pode apresentar dificuldade ao respirar, de intensidade variável e, ocasionalmente, dor no peito, dificuldade e dor ao deglutir.

A infecção primária pode ocorrer em indivíduos de qualquer idade e sexo, no entanto, crianças menores de um ano e adultos maiores de 50 anos de idade estão sujeitos a desenvolver formas mais graves, inclusive o óbito. Os sintomas podem ser confundidos com outras causas, como virais e bacterianas.

As formas clínicas da doença são classificadas como assintomáticas, pulmonares e disseminadas. Com relação à evolução, a histoplasmose pode ser classificada em: aguda, subaguda e crônica; quanto ao início do quadro clínico: primária ou por reativação; à distribuição: pulmonar, mediastinal, disseminada e isolada extrapulmonar; e à gravidade: assintomática, leve, moderada e severa. As formas mediastinais (espaço torácico entre as pleuras viscerais dos pulmões) serão consideradas complicações da doença.

Diagnóstico

A histoplasmose pode ser diagnosticada por meio de uma correlação entre os dados clínicos, epidemiológicos, laboratoriais e radiológicos. Os métodos diagnósticos que confirmam ou sugerem a infecção fúngica são o micológico, o histopatológico e o sorológico. A confirmação diagnóstica laboratorial é feita por meio do isolamento do fungo.

A Fiocruz destaca que o resultado negativo em amostras suspeitas não afasta o diagnóstico.

Tratamento

O tratamento da histoplasmose dever ser realizado após a avaliação clínica, com orientação e acompanhamento médico. Na grande maioria das vezes, a infecção evolui para cura espontaneamente, sem a necessidade de medicamentos antifúngicos.

Indivíduos não diagnosticados no estágio inicial da doença podem necessitar de terapia a longo prazo com antifúngicos.

Como prevenir

A principal medida de prevenção e controle a ser tomada é evitar a exposição direta ao fungo, por meio da utilização de equipamentos de proteção individual, em especial, máscaras.

Os trabalhadores rurais e motoristas de trator que são constantemente expostos à poeira mais densa, os profissionais que atuam em escavação de solo, terraplanagem e manipulação de aves, assim como profissionais que atuam em cavernas e grutas devem fazer uso de máscaras.

Deve-se evitar exposição de crianças e indivíduos imunodeprimidos em áreas de provável fonte de infecção.

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