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Cresce o número de casos da variante delta no estado do Rio de Janeiro, aponta SES

Programa Estadual de Vigilância Genômica da Covid-19 encontrou a cepa do coronavírus em 38 cidades fluminenses

Por Matheus Oliveira
04/08/21 - 17:17
Cresce o número de casos da variante delta no estado do Rio de Janeiro, aponta SES Sequenciamento genético em amostras de pacientes do estado aponta aumento de casos da variante delta no território fluminense | Foto: Banco de Imagem

A variante delta segue avançando no estado do Rio de Janeiro, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES). O Programa de Vigilância Genômica da Covid-19 detectou, após amostras coletadas entre os meses de junho e julho, um aumento de casos da mutação no território fluminense.

A SES informa que o estudo analisou 368 amostras nos últimos dois meses e que 66,58% das amostras eram da variante gama (P.1) e 26,09% eram da delta (B.1.617.2).

“Na rodada anterior, divulgada em 20 de julho, quando foram sequenciadas 379 amostras coletadas em junho, 78,36% eram da variante gama e 16,62% da delta. Dessa forma, é possível afirmar que a delta está em circulação no estado do Rio de Janeiro, com tendência de aumento e tendência para se tornar a mais frequente, substituindo a variante gama”, destaca a secretaria.

A análise mostrou ainda a presença de 0,8% da variante alpha (B.1.1.7). O Governo do estado destaca que outras seis mutações (P.1.1, P.1.2, P.1.4, P.1.7, P.4 e P.5) também foram identificadas, mas não são consideradas como de interesse nem de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os dados apontaram que a variante delta foi identificada em 38 municípios do estado.

A reportagem do Portal Multiplix entrou em contato com o Governo do Estado do Rio para saber quais municípios fluminenses tiveram os casos da delta registrados e aguarda resposta.

Nas cidades de Nova Friburgo e São Sebastião do Alto as secretarias municipais de saúde já confirmaram casos da cepa do novo coronavírus.

Os especialistas apontam que as variantes mais preocupantes são:

  • Alfa – originalmente encontrada no Reino Unido – B.1.1.7
  • Beta – originalmente encontrada na África do Sul – B.1.351
  • Gama – originalmente encontrada no Brasil – P.1
  • Delta - originalmente encontrada na Índia – B.1.617.2

Corona-Ômica

O estudo de sequenciamento ocorre por amostragem, entretanto, um dos critérios de escolha das amostras são as que têm maior carga viral, ou seja, de pacientes que podem ter maior gravidade clínica.

O projeto Corona-Ômica-RJ é um dos maiores estudos de vigilância genômica do país e faz parte de uma parceria entre SES, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, Laboratório Central Noel Nutels, Fiocruz e Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

São sequenciadas por mês cerca de 800 amostras de todo o estado. Desde janeiro, 3.555 amostragens foram avaliadas, sendo identificadas as seguintes variantes:

  • 85,9% P.1/Gamma
  • 3,3% P.2/Zeta
  • 5,4% B.1.617.2/Delta
  • 2,9% P.1.2
  • 1,7% B.1.1.33
  • 1,5% B.1.1.7/Alpha
  • 1,0% B.1.1.28
  • 0,5% P.1.1
  • 0% (1 caso) P.5
  • 0% (1 caso) P.4

A SES revela que a partir deste mês o sequenciamento genômico no estado terá duas etapas. Uma rodada será realizada com 300 amostras de pacientes internados em nove hospitais das nove regiões que fazem parte da Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica.

Na rodada seguinte, serão utilizadas amostragens aleatórias coletadas na rede ambulatorial, como já vinha sendo feito. O objetivo é monitorar também qual variante tem causado mais internações.

O estudo foi planejado em conjunto com o grupo técnico assessor da SES, que é composto por especialistas da Fiocruz, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e UNIRIO.

Sequenciamento genético e cuidados

A SES explica que o sequenciamento do coronavírus não é um exame de rotina nem de diagnóstico, é feito como vigilância genômica, para identificar modificações sofridas pelo vírus no estado e embasar políticas sanitárias.

A pasta destaca que independentemente da cepa do vírus ou linhagem, as medidas de prevenção e métodos de diagnóstico e tratamento da Covid-19 seguem os mesmos, como o uso de máscaras e álcool em gel, lavagem das mãos e distanciamento social.

A quarentena de 14 dias é fundamental para qualquer pessoa com sintomas e/ou diagnóstico da doença, qualquer que seja a variante.

Além disso, ressalta a secretaria, é importante que os municípios continuem avançando no processo de vacinação contra a Covid-19.

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