Cláudio Castro, do PL, fala sobre propostas para interior do Rio na reta final de campanha

O candidato ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), enviou ao Portal Multiplix respostas a uma série de perguntas feitas aos postulantes ao cargo, que estão com maior porcentagem nas pesquisas de intenção de voto.

Os questionamentos foram feitos de acordo com o interesse dos eleitores das regiões Serrana e dos Lagos do Rio, áreas de abrangência do site.

As respostas foram publicadas na íntegra, cada uma delas com dez linhas, conforme o critério estabelecido para todos os candidatos.

Confira, na íntegra, as respostas do candidato Cláudio Castro:

1 – Na área da Saúde, uma das principais queixas da população é a demora para a realização de procedimentos de urgência e emergência, que levam, na maioria das vezes, muito tempo para serem marcados. O que será feito para reduzir as longas filas de espera para internações e realização de exames de alta complexidade, regulados pelo SISREG?

A equipe de regulação trabalha para dar celeridade. Estamos fortalecendo o interior, destinando R$ 500 milhões para a construção e a revitalização de mais de 50 unidades. Descentralizando, evitamos que os cidadãos passem até seis horas em vans, em busca de socorro na capital. Construiremos mais 15 hospitais, investindo na qualificação da rede de urgência e emergência. Em breve, serão inaugurados o Hospital do Câncer, na Região Serrana; o Rio Imagem, os hospitais da Mulher e da Criança e o de Cardiologia, na Baixada; além do Complexo Hospitalar de Miguel Pereira. Estamos reformando 24 UPAs. O Hospital Estadual Roberto Chabo, na Região dos Lagos, ganhará novo centro de trauma e mais leitos de UTI, com a expansão do regional Zilda Arns, no Sul do estado.

2 – Segurança Pública é um dos temas que gera preocupação a todo o interior do estado. O que o (a) candidato (a) pretende fazer a fim de minimizar a violência e também de forma a oferecer melhores condições de trabalho para os profissionais da área?

Estamos fazendo o maior investimento da história da Segurança Pública. Foram mais de R$ 700 milhões na área. O resultado foi a redução histórica dos principais índices criminais, como homicídios, o menor número em 31 anos. Também estamos expandindo o programa Segurança Presente. Começou com 12 bases e hoje são 42. Investimos também na valorização dos policiais. O PM tem hoje o terceiro melhor salário do país. Mas não é só isso: destinei R$ 200 milhões para a reforma dos 55 batalhões e mais R$ 90 milhões em todas as delegacias, além da reestruturação dos IML’s. Sem contar as novas frotas de veículos blindados e as câmeras operacionais portáteis.

3 – Falando sobre Obras, o que o (a) candidato (a) pretende fazer em relação à recuperação de algumas encostas e demolições de imóveis condenados pela Defesa Civil, que ainda não foram feitas desde a época da tragédia climática na Região Serrana, em 2011?

Em relação às encostas, o Estado realizou e vem realizando obras de drenagem e contenção nos municípios da Região Serrana, inclusive assumindo as contenções de Petrópolis, que na ocasião tinha feito um acordo direto com o governo federal. Ao longo dos anos, o Governo do Estado já demoliu 275 casas, apenas pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras, em Teresópolis e Nova Friburgo, fora as que foram demolidas pelo Inea: mais de mil em Petrópolis e Teresópolis. As que não foram demolidas são de responsabilidade das prefeituras. Os municípios é que detêm o uso do solo, mas o estado está aberto a parcerias para ajudar as cidades. É preciso verificar caso a caso, cabendo à Defesa Civil evitar as novas ocupações irregulares.

4 – Em relação à Educação, qual a maior necessidade a ser sanada já no primeiro ano de governo nas regiões Serrana e dos Lagos?

O estado tem investido em novas tecnologias, sustentabilidade e ensino em tempo integral para preparar os estudantes para o mercado de trabalho. Estamos garantindo internet de alta velocidade e equipamentos de informática para todas as 1.233 escolas estaduais e implementando Espaços de Cultura Digital e Maker, que são ambientes inovadores para estimular o aprendizado. Desde junho, 50 Cieps estão em processo de modernização, sendo transformados em Escolas de Novas Tecnologias e Oportunidades, as Etecs. Na minha gestão, foram investidos R$ 29 milhões nos colégios da Região Serrana. Nos próximos anos, vamos ampliar essas reformas e levar campus de universidades estaduais para o interior. Em Cabo Frio, por exemplo, teremos um campus da Uerj, com cursos como o de Medicina.

5 – A Economia foi um dos setores que mais sofreram impactos durante o auge da pandemia, em 2020. As cidades do interior registraram alto índice de desemprego, principalmente no comércio, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged. Apesar deste número já ter apresentado uma melhora, a população ainda anseia por melhorias neste setor. O que pretende fazer para mudar este cenário?

O Rio de Janeiro saiu da última posição na geração de emprego para a terceira. Por isso, quero continuar colocando em prática a melhor política social que existe: a geração de empregos. Uma das saídas para gerar mais postos de trabalho, não só para as regiões Serrana e dos Lagos, mas para todo o território fluminense, é continuar no caminho para facilitar cada vez mais o acesso ao crédito pela AgeRio, que já beneficiou 32.708 empresas, com R$ 806 milhões em linhas de créditos. Também temos que continuar atentos em relação à política tributária. As nossas ações no setor já proporcionaram a redução da alíquota dos combustíveis, da luz e da telefonia, além de produtos em que zeramos o tributo, como arroz e feijão. No total, nossos esforços já resultaram na criação de mais de 360 mil vagas de trabalho em todo estado. Nossa meta é bater a marca de 1 milhão de empregos formais.

6 – Sobre Cultura, quais são as propostas para fomentar o segmento no interior?

São muitas iniciativas. Estamos investindo na produção audiovisual fluminense, com a construção de seis complexos audiovisuais do projeto Cinema na Cidade, com investimento de R$ 26 milhões, em Miracema, São Pedro da Aldeia, Cordeiro, São Fidélis, Mendes e Bom Jardim. Recuperamos o convênio com a Ancine. E pelo menos oito mil projetos culturais já contam com patrocínios, por meio de editais, que somam R$ 172 milhões. Nosso governo recolocou o estado no cenário de destaque das artes, do fomento e da valorização dos artistas, com a retomada desses editais, do avanço da democratização do acesso à cultura e a sistematização de investimentos, que garantiram para os fazedores de cultura quase R$ 500 milhões. Além disso, após 23 anos desde sua criação, o Governo do Rio passou a utilizar o Fundo Estadual de Cultura.

7 – Em relação ao Turismo, o que o (a) candidato (a) pretende fazer para melhorar o setor nas cidades das regiões Serrana e dos Lagos?

O Turismo é um dos pilares do desenvolvimento. Antes da pandemia, o Estado do Rio recebia quase 2 milhões de turistas por ano. Em 2020, foram 377.336. Do ano passado até abril de 2022, porém, a hotelaria teve a maior taxa de ocupação, batendo 85%, comparado com 2019, antes da pandemia. Para continuar dando impulso ao setor, retomamos grandes eventos, como a Copa Davis e o Rock In Rio, e estamos descentralizando ações para o interior. Apoiamos o trade de Petrópolis com R$ 50 milhões em linhas de crédito para a cadeia do turismo. São mais de R$ 100 milhões, no total, investidos no projeto Turismo Presente, que realiza melhorias na infraestrutura com a implantação de sinalização turística.

8 – Espaço reservado para considerações finais.

Espero continuar contando com a confiança dos cidadãos fluminenses nessa missão de recuperar o Estado do Rio de Janeiro. Assumi o governo em meio a uma das piores crises morais, sanitárias e econômicas da história. Arregaçamos as mangas e, com muita paixão pelo Rio de Janeiro, já podemos dizer que o estado está bem melhor que antes, com contas sanadas e aprovadas pelos órgãos competentes. Vamos continuar investindo pesado em todas as regiões. Só na Região Serrana, por exemplo, em menos de dois anos, investimos mais de R$ 1,3 bilhão. São recursos para a Saúde, Educação, Turismo, geração de renda e infraestrutura. Mas ainda há muito o que fazer e por isso, precisamos continuar.

Também concorrem à disputa: Cyro Garcia (PSTU), Eduardo Serra (PCB), Luiz Eugênio (PCO) E Wilson Witzel (PMB).

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