Contas de luz terão bandeira verde para todos os consumidores em julho
Expectativa da Aneel é que a tarifa continue vigente ao longo deste ano
27/06/22 - 15:33

Os valores das bandeiras tarifárias para o período de julho de 2022 a junho de 2023 e os novos critérios para o acionamento delas foram aprovados na última terça-feira, 21, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Algumas concessionárias também foram autorizadas a reajustar os preços da tarifa de energia.
A bandeira tarifária que será aplicada em julho foi anunciada pela Aneel na noite da última sexta-feira, 24. Neste mês, a bandeira verde está mantida para as tarifas de energia, sem complemento de cobrança na tarifa.
Essa cor verde sinaliza condições favoráveis de geração de energia elétrica e será válida para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional, a malha de transmissão de energia que cobre quase todo o território brasileiro.
A agência aprovou alta de até 64% no valor das bandeiras. Os novos valores entram em vigor em 1º de julho e serão válidos até meados de 2023. Mas, de acordo com a agência, esse aumento não terá “impacto imediato” para o consumidor, já que a bandeira verde está acionada desde 16 de abril — quando deixou de valer a bandeira de escassez hídrica.
Bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel, para sinalizar o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica.
De acordo com a agência, esse custo é pago de imediato nas faturas de energia, o que desonera o consumidor do pagamento de juros da taxa Selic sobre o custo da energia nos processos tarifários de reajuste e revisão tarifária.
A Aneel estima que, desde que as bandeiras foram criadas, elas geraram uma economia de R$ 4 bilhões aos consumidores de todo o país, porque evitam a incidência de juros sobre os custos de geração nos momentos menos favoráveis.
A expectativa do órgão é que a bandeira verde continue vigente ao longo deste ano, dada à recuperação dos reservatórios das hidrelétricas (veja mais abaixo).
Tarifa média residencial, somada aos adicionais de bandeiras de 2021 e 2022 | Arte: Reprodução/Aneel
Entenda cada uma delas:
- Bandeira verde:
Assim como em anos anteriores, não terá custo para o consumidor e servirá para sinalizar condições favoráveis de geração de energia.
- Bandeira amarela:
A bandeira amarela passa a ser de R$ 2,989 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos no mês.
- Bandeira vermelha:
A bandeira tarifária vermelha patamar 1 foi atualizada para R$ 6,50 a cada 100 kWh. No caso da bandeira vermelha patamar 2, o valor aprovado pela Aneel é de R$ 9,795 a cada 100 kWh.
Aumento no interior do RJ
Concessionárias do interior também reajustaram as tarifas básicas para os seus clientes. A Energisa, empresa responsável pela energia em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, informou que o aumento foi fixado em 19,19%.
O índice foi calculado para garantir a capacidade de investimentos da Energisa no município de sua área de concessão de Nova Friburgo e o atendimento aos mais de 112 mil clientes. Além disso, busca corrigir o custo da energia e da infraestrutura de transmissão, que leva a energia até a rede da empresa.
Já a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que é responsável pelo abastecimento em Cabo Frio, na Região dos Lagos, informou que o reajuste tarifário da empresa ocorreu em março.
O reajuste para consumidores de baixa tensão, em sua maioria clientes residenciais, foi de 17,39%, já para os clientes de média e alta tensão, em geral indústrias e grandes comércios, o índice foi de 15,38%. O reajuste total foi, em média, de 16,86%.
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