Banco Central cria novas modalidades e medidas de segurança para o Pix

O Banco Central anunciou duas novas modalidades no meio de pagamento eletrônico instantâneo, Pix. As novas formas são o Pix Saque e o Pix Troco, que passam a valer apenas no dia 29 de novembro.

Pix Saque

Com o Pix Saque será possível realizar a retirada do dinheiro em espécie nos estabelecimentos comerciais que oferecem o serviço. Para isso, basta que o cliente faça um Pix para o empreendimento responsável por fazer a operação, a partir da leitura de um QR Code ou do aplicativo do prestador do serviço.

Pix Troco

Já o Pix Troco vai funcionar de forma semelhante. A diferença é que o saque em dinheiro poderá ser realizado durante o pagamento de uma compra. O cliente faz um Pix de valor acima do preço cobrado pelo produto ou serviço e recebe o troco da negociação em espécie.

Novos meios de transferência passam a valer dia 29 de novembro | Arte: Divulgação/Banco Central

De acordo com o consultor financeiro Gabriel Alves, essas novas medidas vão trazer benefícios para todos, desde os clientes até as instituições financeiras.

“Primeiro, facilita o acesso do usuário ao dinheiro em espécie, pois independentemente da instituição financeira a qual seja cliente, terá acesso a saques sem depender de agências físicas ou caixas eletrônicos. Segundo, é uma funcionalidade que barateia os custos destas instituições financeiras e permite maior competitividade do setor, promovendo maior leque de opções para o cliente e desenvolvimento da qualidade dos produtos e serviços bancários."

Tarifas

Para os clientes (incluindo empresários individuais) por parte da instituição detentora da conta de depósitos ou da conta de pagamento pré-paga para a realização do Pix Saque e/ou do Pix Troco serão liberadas até oito transações mensais sem tarifas.

Já os estabelecimentos comerciais receberão uma tarifa, por transação, que pode variar entre R$ 0,25 e R$ 0,95, a depender da negociação com a instituição de relacionamento, que é quem fará o pagamento dessa tarifa.

O consultor financeiro lembra que o estabelecimento comercial responsável por fazer a operação não pode cobrar nenhum tipo de taxa adicional ao serviço.

“Por exemplo, um saque de R$ 100 feito via Pix de R$ 102, como se os R$ 2 fossem uma taxa de serviço", alerta.

Transações mais seguras

No mês passado, o Banco Central criou novos métodos para dar mais segurança ao sistema de transferência. Além de algumas mudanças para os usuários, outras formas de pagamentos eletrônicos também passaram por alterações. Algumas modificações foram:

• Limite de R$ 1.000,00 para operações entre pessoas físicas para o mesmo banco entre 20h e 6h, seja por Pix, cartões de débito ou TED;

• Para aumentar o limite será necessário que o cliente faça a solicitação em um prazo de no mínimo 24h e no máximo 48h, para que o pedido seja efetivado. Dessa forma, impedindo o aumento imediato em situação de risco;

• Os clientes passam a estabelecer limites de transações diferentes no Pix para os períodos diurno e noturno, permitindo limites menores durante a noite;

• As instituições podem oferecer a funcionalidade que permite aos usuários cadastrarem previamente as contas que poderão receber Pix acima dos limites estabelecidos, e deixar os limites baixos para as demais transações.

Para conferir todas as mudanças, basta acessar o site do Banco Central.

A instituição informou que os mecanismos de segurança presentes no Pix e nos demais meios de pagamento “não são capazes de eliminar por completo a exposição de seus usuários a riscos, mas com o trabalho conjunto do Banco Central, das instituições reguladas, das forças de segurança pública e dos próprios usuários, será possível mitigar ainda mais a ocorrência de perdas”.

Por fim, o consultor financeiro explica que para não cair em golpes é importante estar atento às regras da boa utilização da internet.

“Evitar sites com características duvidosas e conversas com estranhos - estelionatários, infelizmente, ainda estão por todos os lados. Contudo, há algo importante a ser feito antes de toda transação pelo Pix: conferir os dados. Toda operação, antes de ser finalizada, apresenta os dados de quem receberá a transferência. Portanto, confira o nome e a instituição de destino da operação”, finalizou.

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