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No auge da pandemia, Nova Friburgo muda parâmetros para adoção das bandeiras da Covid-19

Prefeitura diz que atualização nas regras visa dar maior peso à taxa de ocupação dos leitos e nega que possa haver interferência pessoal ou de setores específicos; entenda

Por Redação Multiplix
24/03/21 - 12:02
No auge da pandemia, Nova Friburgo muda parâmetros para adoção das bandeiras da Covid-19 Avenida Alberto Braune com pouco movimento no início da pandemia | Foto: Arquivo/Portal Multiplix

Todo friburguense está acostumado às mudanças semanais nas bandeiras da Covid-19, anunciadas às sextas pela Prefeitura de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio. Separadas por cores – verde, amarela, laranja, vermelha e roxa –, elas dão previsibilidade à sociedade a respeito da situação da pandemia e da necessidade de maior ou menor rigor nas medidas de restrição. Mas, você já se perguntou quais são os critérios para a escolha dessas cores? A reportagem do Portal Multiplix foi em busca de respostas.

De acordo com a prefeitura, o Comitê Operativo de Emergência em Saúde (COE), composto pela Procuradoria, secretarias de Gabinete, Governo e Saúde, Câmara de Vereadores, Conselho Municipal de Saúde e entidades sociais, rediscutiu os parâmetros e os anunciou na terça-feira, 23, pelo momento crítico da pandemia e porque as regras em vigência até então deixavam a população em dúvida.

A dúvida, no caso, se refere aos questionamentos em redes sociais a respeito da escolha da bandeira laranja, na última semana. O anúncio surpreendeu muita gente, visto que a ocupação de leitos no Hospital Raul Sertã estava próxima de 100%.

A prefeitura nega que o estabelecimento da cor da bandeira possa sofrer interferências pessoais ou de setores específicos. “Não é uma escolha pessoal, não tem e jamais poderá ter interferências de terceiros. Isso significa que não é o prefeito ou qualquer outro servidor ou instituição que decide a bandeira, pois configura em fraude no processo, já que o mesmo é embasado com critérios técnicos epidemiológicos”, diz trecho de nota oficial.

Mas, afinal, quais são as novas regras? De acordo com o Executivo municipal, a taxa de ocupação média semanal dos leitos de CTI/UTI e dos leitos de enfermaria específicos para Covid-19 segue sendo levada em consideração, mas a taxa de mortes e de novos casos pela doença passam a ser contabilizados como média de 14 dias.

Antes, os óbitos eram considerados pelo acumulado geral, desde o início da pandemia, enquanto a soma dos novos casos que impactava na bandeira era semanal.

Pela nova definição do COE, a apuração para definição da bandeira acontecerá em conformidade com a pontuação definida após o cálculo dessas novas métricas, sendo de 0 a 20: 0 – bandeira verde (risco muito baixo); 1 a 5 – bandeira amarela (risco baixo); 6 a 9 – bandeira laranja (risco moderado); 10 a 15 – bandeira vermelha (risco alto) e 15 a 20 – bandeira roxa (risco muito alto).

Ainda de acordo com as informações da prefeitura, essa atualização nas regras visa dar maior peso à taxa de ocupação dos leitos, tanto clínicos quanto CTI, tendo em vista que a disponibilidade de leitos é um dos fatores mais importantes para salvar vidas. As novas diretrizes passam a valer a partir desta sexta-feira, 26.

Como era antes

Desde o ano passado, a prefeitura dizia seguir normas técnicas, emitidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e protocolos determinados pelo Ministério da Saúde e pelo governo estadual.

O primeiro passo, segundo o Executivo, começava com a Vigilância Epidemiológica, que recebia as notificações dos hospitais privados e público. Em seguida, as informações eram analisadas e compiladas em sistema próprio da prefeitura. Esses dados, depois, eram comparados às notificações de pacientes não internados, pacientes internados, número de óbitos e de exames laboratoriais, disponibilizados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) e pelo Ministério da Saúde.

Em seguida, eram analisados outros três dados: taxa de ocupação de leitos, confirmação de casos positivos e quantitativo de exames realizados no município. Também eram levadas em conta as ocorrências registradas pela Vigilância Sanitária, que é responsável por fiscalizar o cumprimento das regras estabelecidas pelas bandeiras.

Após esse cruzamento de dados, segundo o Executivo, o município chegava aos números das taxas de ocupação hospitalar de leitos clínicos e UTI (exclusivamente Covid) e de letalidade e variação de casos positivos (avaliados durante sete dias). Por fim, era estabelecida a bandeira da semana.

Entretanto, à época, a prefeitura não especificava se havia um percentual ou pontuação como consequência dessas métricas citadas acima.

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