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Saiba como anda o caso que envolve suposto preconceito e discriminação em igreja de Friburgo

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou a pregadora após discurso contra fiéis que postam “coisa de gente preta, de gay”

Por Kessia Coutinho
25/08/21 - 11:26
Saiba como anda o caso que envolve preconceito e discriminação em igreja de Friburgo De acordo com o MPRJ, a denunciada praticou crime que viola a dignidade da pessoa humana | Foto: Reprodução/Redes Sociais

O caso da mulher que discursou contra fiéis que postam “coisa de gente preta, de gay”, durante uma pregação em uma igreja de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, ganhou novos contornos.

Na última semana, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria de Justiça de Investigação Penal do município, denunciou Karla Cordeiro dos Santos Tedim por praticar, induzir e incitar o preconceito e a discriminação contra as pessoas de cor preta e aquelas pertencentes à comunidade LGBTQIA+, ferindo o artigo 20 da Lei nº. 7.716/89.

A Promotoria de Justiça deixou de propor um acordo entre as partes, denunciante e autor, por entender que a denunciada praticou crime que viola a dignidade da pessoa humana, princípio fundamental da Constituição da República.

De acordo com a denúncia, “a pretexto de enaltecer sua 'bandeira', a denunciada induziu e incitou menosprezo pelas pessoas de cor preta e por aquelas integrantes da comunidade LGBTQIA+, praticando discriminação e preconceito contra aquelas e suas causas ao enfatizar a 'vergonha' que tais 'bandeiras' importariam se fizessem parte das manifestações sociais dos seus ouvintes".

Ainda de acordo com o documento, "Karla agiu com menoscabo e preconceito contra lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, queers, intersexuais, assexuais, não binários e pessoas com orientação sexual e identidade de gênero diversas, ao zombar da sigla representativa da comunidade que os agrega”.

A Promotoria de Justiça alega também que a prática criminosa se deu através de discurso endereçado a jovens, provocando intolerância a pautas sociais de inclusão e cidadania com alcance presencial e remoto, aumentando o alcance da mensagem e, assim, as consequências do ato.

Entenda o caso

No dia 31 de julho, durante a transmissão de uma live de uma igreja de Nova Friburgo, Karla criticou fiéis que defendem causas políticas, raciais e LGBTQIA+. O caso repercutiu em todo o país e a Polícia Civil abriu um inquérito contra a pregadora.

Durante a transmissão, Karla disse “é um absurdo pessoas cristãs levantando bandeiras políticas, bandeiras de pessoas pretas, bandeiras de LGBTQIA+, sei lá quantos símbolos tem isso aí. É uma vergonha!”. Logo após a repercussão, o conteúdo foi excluído do YouTube, onde havia sido publicado.

A autora do discurso, emitiu, no dia 2 desse mês, uma nota de retratação em que afirma que foi descuidada na forma como falou e pediu desculpas pelos termos utilizados.

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