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MPRJ prende PM e dois suspeitos de sequestrar traficantes e exigir R$ 20 mil por resgate em Cabo Frio

Bandidos foram abordados em uma lanchonete e obrigados a entrar em um carro; resgate não foi pago

Por Vinícius Pereira
23/09/22 - 10:35
MPRJ prende PM e dois suspeitos de sequestrar traficantes e exigir R$ 20 mil por resgate em Cabo Frio Equipes aprenderam armas, munições e celulares | Foto: Divulgação/MPRJ

Equipes do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam durante uma operação na manhã desta sexta-feira, dia 23, um cabo da Polícia Militar e outros dois homens, suspeitos de sequestrar dois traficantes de uma facção criminosa que atua em áreas de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio.

Segundo informações do MPRJ, os traficantes sequestrados estavam em uma lanchonete, quando foram abordados pelo trio, sendo obrigados a entrar em um veículo. O policial exigiu que a facção pagasse R$ 20 mil de resgate para libertar os criminosos.

A operação, que conta com a participação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), também cumpre mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos denunciados na capital, em Armação dos Búzios e na cidade de Montanha, no Espírito Santo. Um 'kit rajada' foi apreendido na casa do PM no Rio.

Kit rajada foi apreendido na casa do PM no Rio Kit rajada foi apreendido na casa do PM no Rio | Foto: Divulgação/MPRJ

De acordo com as investigações, o cabo da PM, Bruno Paulo Pereira do Carmo do Valle, participou do sequestro dos chefes do tráfico nos bairros de Maria Joaquina, em Cabo Frio, e Rasa, em Búzios. A ação aconteceu em outubro do ano passado. Thiago Rezende Pimentel Trindade, conhecido como Jarbinha ou Mexicano, e Cristiano Ribeiro Xavier, conhecido como Baiano, também atuaram no crime como comparsas.

“Os três fizeram com que um dos sequestrados ligasse para o líder do tráfico local da facção criminosa, Valdinei Quintanilha, conhecido como Macaco, solicitando que ele reduzisse os valores exigidos para que os denunciados explorassem o serviço clandestino de TV a cabo oferecido nas duas comunidades dominadas pelo grupo. O valor cobrado pela organização liderada por Macaco, que era de R$ 1.500 mensais, passou a ser de R$ 3 mil”, destacou o MP.

Ainda segundo as investigações, o líder do tráfico não aceitou pagar o valor solicitado por Bruno, Thiago e Cristiano, nem reduzir a cobrança pela exploração do serviço ilegal nas comunidades.

Os denunciados deixaram as vítimas na beira da pista, perto de um posto de gasolina, em São Pedro da Aldeia, cidade vizinha a Cabo Frio.

A operação teve o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e é realizada em parceria com a Polícia Militar, através da Corregedoria-Geral e da 5ª Companhia do 25º BPM e do Gaeco/MPES.

Veja outras notícias das Regiões Serrana e dos Lagos do Rio no Portal Multiplix.


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