Liminar da Justiça permite volta de deputados afastados na Alerj e Sérgio Louback pode sair

Afastados da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) há mais de um ano, após terem sido presos na Operação Furna da Onça, os deputados Francisco de Carvalho, o Chiquinho da Mangueira (PSC), e Marcos Abrahão (Avante), podem voltar às suas funções na casa, após liminar do desembargador Rogério de Oliveira Souza, da 22ª Câmara Cível.

A decisão provisória saiu na noite de quinta-feira, 13. Na liminar, o desembargador Rogério de Oliveira Souza permite a volta dos deputados, desde que não haja outra ação nesse sentido.

Os deputados estavam impedidos de atuar na Alerj desde 2018 depois da decisão dos desembargadores da 26ª Câmara Cível. Ano passado, com a decisão, o deputado friburguense Sérgio Louback (PSC), suplente de Chiquinho da Mangueira, assumiu o cargo na Assembleia Legislativa.

Com a nova posição judicial, Sérgio Louback pode perder a cadeira na Alerj, com a volta de Chiquinho da Mangueira.

Em nota, a Alerj informou que ainda não foi notificada sobre a decisão da Justiça e que a Procuradoria da Casa vai analisar a decisão após a notificação oficial.. Já a assessoria do deputado Sérgio Louback informou que o parlamentar não vai se pronunciar no momento.

Entenda o caso

Em 2018, o Ministério Público Federal (MPF) acusou Chiquinho da Mangueira e Marcos Abrahão de associação criminosa além de corrupção, por suposto recebimento de propina e indicações a cargos no Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran), em troca de favores ao Executivo.

O deputado Chiquinho da Mangueira ficou preso por dois meses, enquanto Marcos Abrahão ficou preso por dez meses. Ambos foram presos durante a Operação Furna da Onça, conduzida pela Polícia Federal, e que é um desdobramento da Lava Jato.