Levantamento aponta que mais de 100 mil pessoas ficaram sem luz na Região dos Lagos em 2021 por causa de pipas

Uma das brincadeiras mais populares do estado do Rio de Janeiro é a prática de empinar pipa. Principalmente nas férias escolares, as pipas são a diversão da molecada, não importa a cidade. E na Região dos Lagos não é diferente. Por mais que pareça uma ação inocente, a brincadeira tem gerado inúmeros transtornos para a população.

Um levantamento da Enel, concessionária de energia que atua no Rio de Janeiro, aponta que mais de 100 mil pessoas ficaram sem energia elétrica em algum momento de 2021 por conta de pipas. Isso mesmo, o brinquedo que parece simples e ingênuo tem causado problemas na rede elétrica.

Isso porque, de acordo com o levantamento, a queda de pipas deixou mais de 388 mil casas sem luz, ao longo de 2021, na Região dos Lagos, além de Campos, Magé, São Gonçalo, Niterói, Região Serrana, Macaé e Sul do Rio de Janeiro.

A Região dos Lagos lidera esse ranking indesejado, com 100.477 residências sem luz, em algum momento do ano passado.

A interrupção do fornecimento de energia causada por pipas pode ocorrer por diversas razões. Além do risco de rompimento dos cabos, as linhas que ficam enroscadas na rede elétrica provocam desgaste na fiação, podendo ocasionar curtos-circuitos e risco de choque elétrico.

Nesses casos, equipes da distribuidora são mobilizadas imediatamente para realizar os reparos necessários e substituir a fiação, a fim de restabelecer o serviço o mais breve possível.

Além da falta de luz, a concessionária aponta para os perigos da prática, que pode causar descargas elétricas quando a linha da pipa empinada enrosca nos fios ou quando se solta pipa debaixo de chuva, e elas funcionam como para-raios conduzindo energia e provocando acidentes fatais.

Dicas de segurança

Para garantir que a brincadeira ocorra de forma saudável e com segurança, a concessionária dá algumas dicas importantes sobre a prática de empinar pipa:

• Caso a pipa se enrosque na rede, postes ou antenas, a orientação para os praticantes é que não arremessem objetos nos fios e não tentem resgatá-los. Somente técnicos da distribuidora, treinados para este trabalho, que exige o uso de equipamentos de segurança, estão aptos a manusear a rede;

• Soltar pipas perto da rede elétrica é extremamente perigoso, sob risco da linha ou da pipa enroscar nos fios, ocasionando descarga elétrica. O mais indicado é empinar pipas em espaços abertos e afastados de fiações, como parques e campos de futebol;

• Materiais metálicos, como o alumínio, não devem ser usados na fabricação da pipa, pois conduzem eletricidade, aumentando a chance de choque elétrico, com risco de morte;

• Evite a utilização de "rabiolas", pois elas agarram nos fios elétricos, desligando o sistema e provocando choques, muitas vezes fatais;

• Não é indicado soltar pipas na chuva. Ela funciona como para-raios, conduzindo energia e podendo provocar acidentes fatais;

• O uso de cerol (pó de vidro com cola) oferece mais um risco: ele corta os fios de alumínio ou de cobre, o que pode levar a choques por rompimentos de cabos;

• O uso da chamada linha chilena, que tem poder de corte quatro vezes maior que o cerol tradicionalmente usado nas pipas, tem agravado a situação. O risco de acidentes fatais é alto para pedestres e motociclistas e os danos à rede elétrica também são maiores;

• É aconselhável ter sempre um adulto responsável acompanhando as crianças no momento da brincadeira.

• Em casos de cabos partidos, os clientes devem manter-se afastados e avisar imediatamente a distribuidora pela Central de Atendimento (0800 28 00 120), ou pelos perfis nas redes sociais Facebook e Twitter (@EnelClientesBR).

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