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Conheça as principais necessidades da Assistência Social em Nova Friburgo

Ex-secretária da pasta detalha problemas e sugere uma Casa de Passagem para moradores em situação de rua

Por Bárbara Storck
20/10/20 - 10:38
Conheça as principais necessidades da Assistência Social em Nova Friburgo Casa de Passagem para a população em situação de rua é uma das necessidades em Friburgo | Foto: Reprodução/Portal Multiplix

Depois da tragédia de 2011, e com a atual pandemia em que vivemos, uma das principais urgências de Nova Friburgo está relacionada à Assistência Social. Milhares de pessoas precisam de moradia, alimentos, cuidados básicos. Para entender melhor essas necessidades, o Portal Multiplix conversou com a ex-secretária municipal de Assistência Social, Simone Almeida.

Inicialmente, Simone esclarece que a secretaria não diz respeito somente à assistência, mas também ao trabalho. São duas políticas públicas diferentes e cada uma delas também possui demandas diferentes.

Sobre a assistência, Simone acredita que é uma política pública que precisa ampliar a sua rede e os equipamentos de porta de entrada para a população como, por exemplo, o Conselho Tutelar, o CRAS e o CREAS.

“Só temos um CREAS no Centro da cidade e seria importante ter um outro, pelo menos, no segundo distrito. Já o CRAS, seria importante ter um em cada distrito. Conselheiro Paulino, por exemplo, precisaria ter dois, por conta do território imenso de abrangência, com técnicas, salários melhores, concurso público, enfim.”

Outra demanda abordada pela ex-secretária foi a necessidade de uma Casa de Passagem para a população em situação de rua.

“Seria importante discutir com os quinze municípios da região um equipamento regional onde essas pessoas pudessem chegar, serem abordadas, serem acolhidas, pernoitarem até que a gente consiga realocar e identificar familiares. Porque hoje é feito esse trabalho, mas a pessoa continua na rua, não tem onde ficar. Esse equipamento só para Nova Friburgo seria muito caro e a cidade não tem volume de população em situação de rua que justifique a abertura desse equipamento. Então, seria importante um equipamento regionalizado, com cofinanciamento de todos os municípios e talvez com um aparato da Secretaria de Estado de Assistência. É um assunto que precisa ser discutido com outros gestores e com a Secretaria de Estado, mas é fato que esse equipamento faz falta.”

Simone também comenta sobre o aluguel dessas instituições. Segundo ela, seria importante que esses espaços fossem próprios, pois os recursos que chegam de Brasília e do Estado para instituições com imóveis próprios são diferenciados.

Já em relação à política de trabalho, Simone afirma que retomar a mesa de negociação com o empresariado é urgente.

“É preciso dialogar sobre cursos, sobre requalificação profissional para poder recolocar essas pessoas no mercado. A Secretaria de Trabalho vai ter que dialogar com a Secretaria de Fazenda para poder conversar com o empresariado local, principalmente sobre a questão do empreendedor. Retomar o empreendedorismo é dar, de fato, algum incentivo pra que as pessoas consigam se encorajar nesse novo começo.”

Além disso, ela diz que se torna importante pensar em uma moeda social.

“Tínhamos no cadastro único do Bolsa Família 10% da população friburguense. Desses 10%, a gente tinha 5% de beneficiários. Ou seja, 5% recebiam menos de um terço de salário mínimo como renda per capita familiar, estavam na extrema pobreza, e10% já na linha da pobreza, com um benefício um pouco menor ou ali no cadastro único com algum outro benefício da assistência social. E com essa questão da pandemia, com a questão desse microempreendedor também ter perdido o seu potencial de negociação e de trabalho, ele vai pra linha da pobreza, ele entra nesse percentual de pobres da cidade. Esse cadastro aumenta. A gente não tem, de fato, um benefício eventual de renda pra ajudar esse trabalhador informal. A gente precisa pensar para além dos benefícios eventuais como a cesta básica, alguma questão ligada à alimentação. Algo que a gente possa pensar é um benefício eventual contínuo para a pós-pandemia. Agora, o Governo Federal tem o benefício de R$600,00 que caiu para R$300,00 e o município precisaria pensar numa renda social pra complementar esse valor.”

Por fim, a ex-secretária explica que, além dessas demandas, existe a questão do déficit habitacional na cidade.

“Sete mil famílias estão na mancha escura de risco do Inea. São potenciais famílias desabrigadas, caso tenhamos algum fato muito menos grave do que foi 2011”, conclui.

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